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8 invenções que os detentos improvisam na prisão

Do aquecedor de água ao tatuador de caneta, conheça as gambiarras que os prisioneiros criam em suas celas

Por Luiz Fujita Jr.
Atualizado em 22 fev 2024, 10h18 - Publicado em 7 dez 2016, 17h01

O livro Prisoners’ Inventions, escrito pelo detento Angelo, detalha mais de 50 invenções que dão mais comodidade aos presos dos EUA. Aqui no Brasil, rola até fabricação de cachaça na cadeia. Lembramos que as descrições a seguir são meramente informativas e não um manual para ser copiado.

Laboratório do crime

 

ISQUEIRO DE PILHA

1. Duas pilhas pequenas são presas uma à outra com fita adesiva, com polos opostos fazendo contato

2. Um pedaço de fio de cobre com as pontas desencapadas é preso com a fita adesiva nos polos livres das pilhas

3. É só encostar as pontas dos fios para fechar o circuito. A eletricidade esquenta o cobre, que acende o cigarro

 

Laboratório do crime

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VELA DE POTE

1. É preciso atravessar um barbante, feito com vários fios de camiseta enrolados, por uma tampa de alumínio, como aquelas de potes de iogurte

2. Um pedacinho de papel alumínio é enrolado no barbante para ajustar o tamanho da chama e manter o pavio firme no buraco da tampa

3. O potinho então é preenchido com óleo para bebês, que os presos descobriram ser um combustível bem menos perigoso que álcool e querosene. Conforme a vela queima, coloca-se pedras para subir o nível de óleo e facilitar a absorção pelo pavio

Laboratório do crime

AQUECEDOR DE ÁGUA

1. Duas escovas de dente são grudadas em forma de “T”. Os presos derretem os pontos de contato, juntam as escovas e deixam esfriar

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2. Pedaços de metal – prendedores de folha de fichário, por exemplo – são presos com elástico nas escovas

3. Os prendedores formam pinos para plugar na tomada. A corrente elétrica aquece o metal que, por sua vez, esquenta a água

Laboratório do crime

CAMISINHA DE PLÁSTICO

1. Na falta de preservativos para os momentos mais íntimos, os presos improvisam usando sacolas plásticas

2. O plástico deve ser bem preso e moldado até tomar a forma do dito-cujo. Um elástico de borracha prende a ponta

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3. O espaço entre o elástico e a ponta deve ser pequeno. Isso evita acúmulo de ar e diminui a chance do plástico estourar

Laboratório do crime

 

DADO DE PAPEL

1. Um lenço de papel molhado é modelado como bolinha e repete-se o processo. Seis camadas dão para um cubo

2. Na hora de modelar o cubo é preciso cuidar para não apertar demais e tirar toda a água do papel

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3. É hora de apertar os cantos para deixar as faces retas. Depois de seco, pinta-se as bolinhas no dado

4. O dado é mergulhado rapidamente em uma mistura de água e açúcar para criar uma camada rígida

COPO DE PAPEL

1. Lenços de papel são abertos e molhados, um sobre o outro. Repete-se o processo até que se possa moldar o papel

2. O punho fechado serve de molde. É importante apertar o papel para tirar o excesso de água e deixar secar

3. A parte interna é forrada com plástico. A sobra é dobrada para fora e coberta com outra camada de papel

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TATUADOR DE CANETA

1. Um pedaço de metal fino, mas firme, como um clipe, é moldado em “L” para servir como agulha

2. A ponta mais longa do clipe é raspada numa superfície áspera, como paredes ou chão da cela, até ficar bem afiada

3. Outro arame é enrolado em espiral para caber justinho no eixo de um motorzinho de walkman ou de brinquedo (o motor precisa ser fornecido por alguém de fora da cadeia)

4. A perna mais curta da agulha é encaixada entre os dentes da engrenagem do motor, ficando presa pela espiral

5. Um prendedor de caneta dobrado serve como suporte para a ponta

6. A ponta é encaixada no motor, com a agulha passando por dentro. O tubo de carga fornece tinta

7. O encaixe da ponta no motorzinho é finalizado com fita adesiva

8. Os fios do motor são ligados a duas pilhas. O eixo gira e movimenta a ponta para frente e para trás

Laboratório do crime

PINGA DE PANELA

1. Essa receita é bem brasileira! A cachaça feita improvisada e artesanalmente na prisão tem o apelido de “Maria Louca”. Em um balde ou tambor com água são colocados grãos de pipoca ou de arroz e o dobro, em peso, de açúcar e cascas de frutas. Depois é só vedar a boca do recipiente com um pano

2. A mistura fica fermentando por uma semana. Depois desse período vai para um recipiente metálico. O pano serve como filtro, retendo grãos e cascas.

3. O caldão é fervido em um aquecedor improvisado. A tampa da panela deve ter um furo para passar, justinho, uma mangueira conectada a uma serpentina (que também vem de fora da cadeia)

4. O vapor de álcool passa pela serpentina – resfriada com uma caneca de água pelo detento. Na outra ponta do tubo, pinga o líquido destilado. Cada quilo de grãos rende quase dois litros de bebida e as cascas de fruta dão o sabor

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