Tem sempre aquele amigo premiado que depois de um dia ao ar livre volta para casa contando os pontinhos vermelhos. Aquele infeliz que ostenta os vergões, exibe os calombos, mostra o desenho das picadas. Assim que chega ao parque, esse mesmo miserável já reclama dos mosquitos, lamenta ter esquecido o repelente, teme pegar dengue, malária, zika, chikungunya e passa o resto do dia lutando contra os ataques – e o comichão.
Com certeza você conhece alguém assim. Ou já teve um dia de chamariz de mosquitos.
Mas afinal, o que você (ou esse amigo azarado) tem que deixa essas criaturas tão enlouquecidas?
– Vampiros voadores
Que eles querem seu sangue, isso não é novidade pra ninguém. Mas se o seu grupo sanguíneo for O, prepare-se para ser comido vivo. Um estudo japonês demonstrou que é o motivo para tanto frisson é um tipo de açúcar especial encontrado no sangue tipo O.
– Inspira, expira
Se existe uma certeza bastante óbvia na vida é que para sobreviver devemos respirar. Oxigênio entra, dióxido de carbono sai. O problema é que os mosquitos conseguem detectar o dióxido de carbono que você exala. Para escolher o alvo, eles se orientam pelos odores do corpo da pessoa, o CO2 da respiração e… rá, outra vítima. É por isso que quem respira mais, como adultos e pessoas maiores, tendem a levar mais mordidas – exalam mais dióxido de carbono que crianças e pessoas franzinas.
– Marombeiro caliente
Além do dióxido de carbono, essas pequenas pestes também se sentem atraídas pelo ácido lático (essa substância é resultado da queima de glicose e é liberada nos músculos quando nos exercitamos muito). Quanto mais quente melhor: eles preferem que o corpo da vítima esteja quente e que os níveis de ácido lático sejam altos. Ou seja, passe repelente ao sair da academia.
– Uma mordida, dois alvos
Já disse que quanto mais quente melhor? Pois é, isso se aplica à gestação também. Durante esse período, o sangue circula mais rápido e o corpo das grávidas fica 0.7°C mais quente que o normal. Outro fator que duplica as chances das futuras mamães serem vítimas desses insetos é que, no final da gravidez, elas exalam 21% mais que mulheres não grávidas.