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Como funciona a caça aos caçadores

Ameaçadas de sumir do mapa, as baleias são protegidas pela Sea Shepherd. Veja como os ativistas atacam os japoneses.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h06 - Publicado em 2 jul 2013, 22h00

Luiz Romero, Ricardo Davino e Carlo Giovani

1. Caçando briga
Desde 2002, os ativistas da Sea Shepherd tentam impedir o trabalho dos japoneses. Mas encontrar os baleeiros não é fácil: a busca acontece num pedaço de água gigante, equivalente a três Brasis. Nesta caça aos caçadores, os ativistas pesquisam por rádio e pela internet. Quando encontram algum barco da frota inimiga, iniciam a batalha.

2. Táticas preliminares

Algumas estratégias são mais protocolares: por exemplo, avisar por rádio que a caça às baleias é ilegal, que os japoneses devem parar e voltar para casa. Também podem ser mais simbólicas: a ONG já mandou dois ativistas entregarem uma carta no barco dos japoneses. Por fim, podem ser mais violentas, como as táticas mostradas abaixo.

3. Bombas de fedor
Botes também são usados para infernizar os baleeiros. Uma das táticas envolve arremessar bombas de manteiga podre, que incomodam os japoneses e impregnam a carne das baleias com fedor.

4. Contato impedido
Os ativistas da Sea Shepherd, colocando um barco entre o arpoador e o navio-fábrica, tentam impedir a transferência da baleia. Sem espaço para guardar novas vítimas, o navio de caça fica impedido de matar.

5. Deque escorregadio
Os ativistas também arremessam uma substância que, em contato com á água, torna o chão escorregadio. Jogada na parte do barco onde fica o arpão, atrasa os japoneses, que precisam limpar o deque para continuar a caça.

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O RESULTADO
“Os baleeiros conseguem matar cada vez menos”, conta Wendell Estol, diretor da Sea Shepherd no Brasil. “Neste ano, eles começaram a caçar mais tarde e saíram da Antártida mais cedo.” Os números desta temporada ainda não foram confirmados, mas a tendência nos últimos anos é de queda.


AS ROTAS DA MORTE

Os baleeiros não podem chegar nem muito perto da Austrália (para não encontrar a Sea Shepherd) nem do Chile (para não gastar combustível vencendo a correnteza da Passagem de Drake).

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PESQUISA ENTRE ASPAS
Em teoria, o Japão respeita a regra que proíbe a caça às baleias, ditada pela Comissão Baleeira Internacional em 1982. Isso porque, também em teoria, eles não caçam pelo comércio, o que é proibido, mas pela ciência, o que é liberado. “Há coleta de dados de mais de cem itens para cada baleia. E os resultados dessas pesquisas são apresentados anualmente para a comissão, com avaliações positivas”, informa Kentaro Morita, da embaixada do Japão no Brasil. Mesmo assim, a pesquisa é criticada: para o International Fund for Animal Welfare, considerando as 14 mil baleias mortas pelos japoneses nos últimos 26 anos, a pesquisa científica é apenas um disfarce para a caça comercial.

Leia também:
Como funciona a caça às baleias

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Fontes John Frizell, da campanha de oceanos do Greenpeace; Instituto de Pesquisa Cetácea; Comissão Baleeira Internacional; Sea Shepherd Brasil e Sea Shepherd Australia; The Economics of Japanese Whaling, relatório do International Fund for Animal Welfare.

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