Eduardo Petrossi
Garotas ecologicamente corretas, preparem-se para acrescentar mais um item à nécessaire. Preocupados com os danos causados ao meio ambiente pelos 622 milhões de absorventes internos consumidos anualmente no mundo, a Food and Drug Administration (FDA), agência americana que regula medicamentos e alimentos, e a Environmental Protection Agency (EPA), que avalia riscos e impactos ambientais da indústria, estão recomendando o uso de absorventes orgânicos.
Atualmente, a maioria deles é feita de rayon, um derivado da celulose mais eficiente e barato que o algodão, usado nos primórdios do OB. O problema é que o rayon, após ser purificado, produz a dioxina, um subproduto poluente que escapa dos sistemas de tratamento de esgoto. A dioxina também não é absorvida pelo solo quando descartada nos aterros sanitários, contaminando o terreno.
Os absorventes de algodão orgânico não deixam resíduos e são assimilados pelo ambiente. O único porém é que, por enquanto, eles só podem ser encontrados nos Estados Unidos.
Além do problema ambiental, Philip Tierno, pesquisador da Universidade de Nova York, também suspeita que os cerca de 10 mil absorventes consumidos por uma mulher ao longo da vida possam ser responsáveis por certos tipos de câncer e disfunções hormonais.
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