Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Israelitas

Eles passaram de povo seminômade mal preparado para a guerra a uma força militar temida pelos oponentes

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h16 - Publicado em 16 fev 2013, 22h00

Tiago Cordeiro

A história da ocupação de Canaã pelos israelitas narrada na Bíblia começa com o patriarca Abraão, provavelmente no século 21 a.C. Depois, coube ao profeta Moisés – supostamente no século 15 a.C. – dar início à campanha militar que levaria à conquista da Terra Prometida. Com o passar dos anos, no entanto, os inimigos foram ficando mais difíceis. Em vez de cananeus, assírios. No lugar de filisteus, babilônios e gregos. Até que veio a diáspora no século 1 d.C., quando Roma pôs um fim definitivo à existência israelita naquela região. Os judeus só voltariam em massa para lá com a criação do moderno Estado de Israel, em 1945.

Entre 1406 a.C. (data provável da batalha de Jericó, entre israelitas e cananeus) e 74 d.C. (data em que os romanos acabaram com o último foco de resistência judaica), passaram-se quase 1.500 anos. Tempo mais que suficiente para que os hebreus deixassem de ser um povo seminômade, com pouca experiência e mal preparado para o campo de batalha, e virassem uma força militar respeitada e temida. Eles foram incorporando tecnologias dos adversários. Por volta de 1000 a.C., por exemplo, já tinham carros de guerra – armas capazes de decidir uma guerra naqueles tempos. As boas e velhas táticas de guerrilha nunca foram abandonadas, mas passaram a conviver com estratégias bem mais sofisticadas de defesa e ataque. O exército israelita, aos poucos, ganhou organização (batalhões especializados) e profissionalismo (dedicação em tempo integral).

Nenhum armamento israelita citado no texto bíblico é mais emblemático, porém, que a primitiva funda – uma atiradeira manual incrivelmente simples, usada desde as primeiras batalhas descritas na Bíblia até a resistência final contra os romanos (veja a ilustração à direita). Segundo o Velho Testamento, foi com ela que Davi derrotou o gigante Golias, acertando-lhe uma pedrada mortal entre os olhos.

1 SAMUEL 17:53-54
Voltando da perseguição, os israelitas saquearam o acampamento dos inimigos. Davi tomou a cabeça do filisteu e mandou levá-la para Jerusalém. Conservou, porém, em sua própria tenda a armadura de Golias.

Continua após a publicidade

FUNDA
Era feita de fibra vegetal – geralmente linho – e tinha uma tira de couro para acomodar a pedra a ser lançada. Tratava-se, portanto, de uma arma muito mais fácil e barata de ser feita que uma espada de bronze ou aço.

PEDRA
Seu peso era variável, algo entre 50 e 500 gramas. Dependendo do tamanho, viajava a 200 km/h e podia acertar um alvo a até 300 metros de distância.

MUNIÇÃO
Todo fundeiro levava consigo uma bolsa de couro cheia de pedras. As melhores eram as arredondadas (ou ovaladas) e lisas, que não passassem do tamanho de uma bola de tênis.

Continua após a publicidade

IMPACTO
Atirada a menos de 50 metros do alvo, a pedra era potencialmente fatal (desde que acertasse a cabeça). Seu impacto podia ser equivalente ao de uma bala calibre 22. Acredita-se que, no famoso duelo bíblico, Davi disparou contra Golias a não mais que 30 metros de distância.

MOVIMENTO
A funda era girada no sentido anti-horário, ao lado do corpo do atirador. O disparo acontecia quando ele soltava uma das extremidades da arma, que só não saía voando com a pedra porque ficava presa por uma pequena argola num dos dedos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.