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Humanos desistiram da poligamia por causa de DSTs, diz estudo

A monogamia só prevaleceu quando ter vários parceiros virou tabu associado a doença

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 19h01 - Publicado em 12 abr 2016, 19h15

A monogamia nem sempre foi a forma mais comum de relacionamento: mais de 80% das sociedades humanas já foram poligâmicas. A mudança para uma vida de fidelidade a dois, sem mais ninguém, veio junto com a agricultura, quando as pessoas começaram a se aglomerar em civilizações. E contou com um empurrãozinho cruel do destino: as doenças sexualmente transmissíveis. A poligamia potencializava a disseminanação dessas doenças e reduzia a população.

É o que diz um estudo de pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá. Eles criaram modelos computacionais para calcular a relação entre o tipo de relacionamento predominante, a incidência de DSTs (clamídia, gonorreia e sífilis) e a variação no tamanho da população ao longo de 30 mil anos.

Em mais de 2 mil simulações, perceberam que, quanto maior a população, pior era o surto desses tipos de doenças nas comunidades poligâmicas. Ou seja: como a galera transava com mais gente, a doença se espalhava muito mais.

Eles só chegaram a essa conclusão com a ajuda de um dado importante: a variação populacional. Como essas doenças causam infertilidade, o número da população começava a cair. Aí eles começaram a perceber que era mais negócio viver com uma pessoa só – por questão de sobrevivência mesmo. 

Mais do que isso: provavelmente passaram a expulsar e punir os poligâmicos. Em uma das simulações, os pesquisadores avaliaram as comunidades que reprimiam relacionamentos abertos. E foi a mais  “vitoriosa”: a comunidade mantinha os melhores níveis de fertilidade e durava mais tempo.

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LEIA: Monogamia – Monotonia?​

Mas essa mudança aconteceu só depois da popularização da agricultura. Enquanto eram caçadores-coletores, as comunidades eram menores. E os parceiros sexuais variavam bem menos – logo, o risco de pegar alguma DST era menor.

A pesquisa ajuda, então, a explicar como a monogamia se tornou um padrão social tão forte, associada à propagação de doenças. E explica como muitas das nossas regras sociais têm origem em fenômenos naturais. Ter vários amores só passou a ser considerado “imoral” quando as DSTs começaram a atrapalhar a vida – e a tornar os relacionamentos abertos um problema de verdade.

LEIA TAMBÉM:
– Monogamia não faz sentido
– As verduras, o homem e a monogamia
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