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Há 2.800 anos um homem foi enterrado embrulhado em folhas de maconha

O túmulo milenar encontrado na China continha 13 plantas de quase um metro de comprimento

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 nov 2016, 19h20 - Publicado em 6 out 2016, 19h15

Há 2.800 anos um homem foi enterrado embrulhado em folhas de maconha

Um homem de mais ou menos 35 anos morre. Prepara-se, então, um funeral. Deitam ele em uma cama de madeira, apoiam sua cabeça sobre um travesseiro vermelho e, por fim, cobrem seu corpo com plantas de maconha. A cena não se passou em uma comunidade hippie nos anos 60 dos Estados Unidos. Rolou na China – há cerca de 2.800 anos.

É o que estão afirmando pesquisadores de um trabalho que uniu universidades chinesas e americanas. O estudo analisou o cemitério de Jiayi, em Turpan (cidade no Oeste da China) – acredita-se que o local foi usado pelo Reino Gushi há cerca de 3 mil anos atrás. 240 tumbas foram examinadas e, em uma delas, encontraram restos mortais de um homem junto a mudas de maconha.

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Os pés de maconha não estavam ali à toa. Especula-se que a planta fosse usada como uma espécie de manta para cobrir os corpos. Treze mudas de quase um metro de comprimento foram encontradas na recém-descoberta tumba – todas dispostas diagonalmente sobre o corpo, como se quisessem embrulhá-lo.

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O estudo aponta que ancestrais chineses usavam a planta tanto para usos medicinais quanto em rituais religiosos e que havia uma produção local de cannabis na cidade. Anteriormente ninguém tinha certeza se a planta era comprada de locais próximas, mas os cientistas afirmam que, para as mudas conseguirem se manter planas sob o corpo, elas teriam que estar extremamente frescas – indicando que as plantas foram colhidas especialmente para o enterro, em uma área muito próxima do cemitério.

Há 2.800 anos um homem foi enterrado embrulhado em folhas de maconha

Apesar de antes elas não estarem cobrindo os corpos, não é a primeira vez que acham maconha em túmulos da região. Em 2008 encontraram, em um cemitério da cidade, mostras de cannabis enterradas junto ao corpo de um xamã. Mas dessa vez vez não eram 13 plantas – todo junto, o material pesava quase um quilo. 

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