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Extremismo evangélico

Pastores que agem como aiatolás. Intolerância religiosa nas ruas. Conheça a fúria dos fundamentalistas que ameaçam as liberdades individuais.

Por Leandro Beguoci
Atualizado em 8 mar 2024, 15h30 - Publicado em 16 dez 2015, 16h00

Lúcio Barreto Júnior, o pastor Lucinho, é uma estrela da Igreja Batista da Lagoinha, tradicional instituição evangélica de Belo Horizonte. Nos últimos meses, Lucinho pregou na Inglaterra, Espanha e Luxemburgo. Também foi para o Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraíba. Muitas das suas pregações têm ingressos esgotados. Ele é uma celebridade evangélica.

Em seu site oficial, Lucinho vende camisetas com a frase “Com Jesus, venço até Chuck Norris”. Ele também tem uma linha de DVDs, com títulos como A Verdadeira Tropa de Elite e Treinando um Louco Por Jesus.

Na igreja da Lagoinha, Lucinho é responsável por evangelizar jovens e adolescentes, e se apresenta como se fosse um. Nem de perto aparenta seus 43 anos – usa cabelo espetado e gírias de quem tem pouco menos de 20 anos. Também faz questão de se definir como um “Louco por Jesus”, uma versão religiosa do “vida loka” da puberdade. Lucinho fez dessa definição tanto um slogan das suas pregações quanto um estilo de vida.

Num vídeo que circulou pelo Facebook neste ano, o pastor aparece pregando em Belo Horizonte. Logo no começo, Lucinho diz: “Só vai ter marcha das vadias se você quiser. Só vai ter boate gay, parada gay, parada dos maconheiros, se você quiser. Outro dia, em Belo Horizonte, falaram comigo: ‘Lucinho, vai ter a festa do Preto Velho’. Eu falei, ‘ninguém me pediu. Não aceito. Não vai ter’”. Então ele explica como estragar a festa alheia. “Cheguei lá no meu grupo de jovens, chamei 20 jovens, falei ‘vamos dar um B.O. na festa do capeta?’”. Os jovens, para tristeza do pastor, não estavam dispostos a dar B.O. na festa de umbanda. Mas Lucinho não desiste.
Biblias - Extremismo

“Então fui no melhor departamento de qualquer igreja. Fui falar com os adolescentes.  Cheguei e falei ‘preciso de 20 malucos para dar uma busca e apreensão no Preto Velho.’” O pastor diz que os meninos aceitaram na hora. E passa a gritar com a multidão que ouvia sua pregação: “Fica velho, mas não fica idiota. Faz faculdade, mas não vira um retardado mental. Não perde o sangue nos olhos. Não deixa as suas muitas letras te levarem a delirar. Não vira um palhaço. Não é porque agora está vestindo uma roupinha engomadinha que não pode dar uma busca e apreensão no capeta”.

Na sequência, ele conta como treinou os adolescentes ao longo de 20 dias. Eles não podiam causar tumultos e deveriam seguir as regras da dispersão: “Se der polícia, confusão, FBI, dá o ‘vazari’. Some”. E conclui: “O mais legal é você pegar gente simples. Você pode desenhar Cristo na alma deles, melhor do que gente que você tem que desconstruir para depois construir”.

Missão dada, missão cumprida. No final do vídeo, o pastor descreve como os adolescentes cercaram a praça, a confusão com a festa da umbanda, a chegada da polícia e como um dos meninos depredou a estátua do Preto Velho. A festa, que deveria ir até as 6h, acabou antes da meia-noite. Lucinho diz que isso é prova de autoridade divina, de que Jesus está guiando cada um deles.

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O vídeo abre para aplausos e gritos da multidão dentro da Igreja Batista da Lagoinha. Centenas de pessoas celebravam um pastor que acabava de contar como tinha formado uma milícia adolescente para acabar com a celebração de outra fé.

Poder e intolerância

Lucinho não é um caso isolado de atitudes extremas e linguagem beligerante dentro da comunidade evangélica. O vídeo do pastor é só uma entre diversas evidências de intolerância que têm se acumulado.

Por exemplo: o pastor Cezar Cavalcante, reitor da Faculdade Teológica Betesda, de Campinas (SP), disse, em entrevista à Folha de S.Paulo, que tem todo o direito de pregar contra a umbanda e o candomblé porque, afinal, são duas religiões “em pecado”.

Nessa toada extremista, a Igreja Universal lançou uma campanha de evangelização chamada de Gladiadores do Altar. Num vídeo recente, as pessoas, vestidas de soldados, dizem que “graças ao Senhor, hoje estamos aqui prontos para a batalha”.

A batalha evangélica também extrapolou o altar e chegou com força bruta à política. Em Brasília, deputados evangélicos bloqueiam qualquer proposta que vá contra as suas crenças religiosas. Eles rezam o pai-nosso no Congresso e propõem projetos para criminalizar críticas à sua religião.

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Além disso, a Câmara dos Deputados já aprovou leis que aumentam a isenção de impostos a igrejas, livrando os pastores de pagar tributos pelas comissões que recebem. Eles têm metas a alcançar. Precisam conquistar novos fiéis e aumentar a  arrecadação de dízimo. Logo, são bonificados por seus líderes quando conseguem. E isso era tributado. Pela proposta, não será mais. Ainda no pacote tributário, a Câmara anistiou multas de R$ 200 milhões aplicadas pela Receita Federal a igrejas.
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Tem mais. A Câmara estuda proposta que inclui as igrejas entre as instituições que podem propor ações de inconstitucionalidade no STF (Supremo Tribunal Federal). Hoje, apenas o governo, a OAB, partidos políticos e alguns sindicatos têm esse direito. Se passar, igrejas poderão contestar ações que aumentam direitos LGBT no País, por exemplo. Elas ganhariam um poder institucional grande demais dentro de um Estado que, a princípio, é laico.

Por fim, temos vários outros pastores Lucinhos brotando pelo Brasil. Principalmente no Rio de Janeiro. O Rio é o Estado com maior presença evangélica no País. E nos últimos meses passou São Paulo no ranking de reclamações de intolerância religiosa. Há várias denúncias de invasões de terreiros e agressões. Nas favelas da cidade, traficantes convertidos proíbem umbanda e candomblé nos seus domínios.

Os líderes evangélicos sabem faz tempo que têm poder. A diferença é que eles nunca tiveram uma base tão grande para justificar esse poder. Nunca houve tantas pessoas para ouvi-los e seguir suas orientações. E tudo por um motivo inusitado: a China.

Sim, a China. Nossas igrejas evangélicas dão ênfase à chamada “teologia da prosperidade”. Por esse ponto de vista, o sucesso deve ser procurado na vida terrena. E Deus devolve em dobro a quem contribui com a igreja, fazendo o fiel ganhar dinheiro, acumular bens, conquistar uma vida mais confortável.

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Bom, o crescimento acelerado do PIB na última década ajudou milhões de brasileiros a acumular bens, conquistar uma vida mais confortável. Uma fatia gorda dessa população ou já era evangélica, ou tornou-se no meio do caminho, e passou a fazer uma associação entre seu progresso financeiro e a igreja. Se a carteira do fiel estava mais recheada, era porque Deus estava agindo a favor dele. E se Deus estava com ele, era graças à igreja, graças ao pastor. Nada mais natural do que confundir o alho do crescimento econômico com o bugalho da teologia da prosperidade.

Mas fora do mundo espiritual o benfeitor foi outro: o crescimento da China. A segunda maior economia do mundo se tornou o comprador número um das nossas mercadorias agrícolas e minerais. Isso fez chover dólar no Brasil, ajudando a girar as engrenagens do resto da economia. Foi um dos maiores círculos virtuosos da nossa história, com inflação sob controle, renda lá em cima e desemprego lá embaixo.

Mas aí veio a crise – a China perdeu o fôlego, o governo federal pedalou na política econômica, a inflação saiu da toca e o demônio do desemprego voltou a assombrar nossas almas. Nisso, a corrente para frente da teologia da prosperidade começou a enferrujar. Afinal, como justificar que Deus está tirando algo que essas pessoas suaram tanto para conquistar? Essa é a teoria que alguns pesquisadores vêm montando para entender o radicalismo evangélico recente. Com a crise econômica, é difícil sustentar a teologia da prosperidade. A agenda moral, portanto, vem a calhar. Ela serve para manter os fiéis unidos sob uma bandeira clara e agressiva. Nada mais distante das origens humildes de nossa comunidade evangélica.

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As 3 maiores religiões do Brasil

Católicos
123,2 milhões

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Evangélicos (incluindo os pentecostais)
42,2 milhões

Espíritas
3,8 milhões

Outras
1,4 milhão

Sem religião
15,3 milhões

A disputa de poder

Os evangélicos estão na política brasileira desde meados do século 20. Mas foi só a partir de 1986 que eles ganharam alguma força. Naquele ano, os parlamentares que fariam a primeira Constituição pós-ditadura foram eleitos. Um impulso para a organização dos evangélicos foi o boato, numa era pré-redes sociais, de que a Constituição faria do Brasil um país oficialmente católico. Os evangélicos costumavam dizer que “crente não se mete em política”. O receio de ter sua religião virtualmente banida fez com que eles trocassem essa ideia pelo conceito de que “irmão vota em irmão”. E tomaram gosto pela coisa. Em 1986, foram eleitos 32 deputados federais evangélicos. Hoje, o Congresso tem 78 parlamentares que professam essa fé. Quase um em cada seis deputados é evangélico, incluindo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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Essa bancada gravita em torno da Frente Parlamentar Evangélica, criada em 2003 e que hoje conta com uma das estruturas políticas mais eficientes do País. Cada membro cede um assessor parlamentar à frente, de tal forma que eles conseguem acompanhar cada movimento no Congresso. Mais recentemente, essa organização ganhou uma bandeira unificada. Agora, além da organização, eles têm uma agenda forte em comum: a defesa da família tradicional.

Um estudo do teólogo Jung Mo Sung, da Universidade Metodista de São Paulo, mostra que essa agenda é muito importante para a nova classe média evangélica. Temas como aborto e legalização da maconha seriam ofensas diretas a Deus – mesmo que a Bíblia tenha mais citações contra a manipulação da fé do que contra a homossexualidade.

Por causa da força na sociedade, essa bandeira está se expandindo para além do Parlamento. Já há associações evangélicas de juízes, que vêm tentando bloquear algumas pautas que não passariam no Congresso, mas têm aceitação no Judiciário – a união civil de pessoas do mesmo sexo e uma legislação mais moderada para o uso de drogas, por exemplo.

O pastor Ricardo Gondim, mestre em ciências da religião pela Universidade Metodista e pastor da Igreja Betesda, em São Paulo, é um crítico dessa agenda extremista. “Hoje, a agenda evangélica é reacionária. Eles só reagem, e isso vem dando unidade a essa parcela mais radical”, diz Gondim, que é uma figura influente entre os evangélicos mais liberais. “Isso é uma pena, porque divide o País e reforça o  estigma de que todo evangélico é um radical.”

De fato. Não faz sentido generalizar os evangélicos. “É um erro achar que todos seguem uma agenda comum”, conta Christina Vital da Cunha, professora de antropologia cultural da UFF (Universidade Federal Fluminense) e pesquisadora da relação entre evangélicos e política. “Poucas coisas unem todos os líderes da igreja. E todos, no final das contas, competem por fiéis para seus templos. A agenda de defesa da família tradicional é uma das poucas coisas que eles têm em comum”, explica ela.

Dois personagens, com forte ascendência na Frente Parlamentar Evangélica, sinalizam essas semelhanças e diferenças. Eles simbolizam as duas instituições com os projetos políticos mais claros.

Silas Malafaia, pastor da Assembleia de Deus, usa as redes sociais e a TV para ofender adversários, pregar contra o aborto, atacar homossexuais e pressionar candidatos a cargos públicos. É admirado e temido por vários líderes evangélicos País afora. E adora ostentar riqueza. Mostra o carro de meio milhão de reais e o relógio caríssimo como provas de que Deus aprova o seu trabalho.  Malafaia cresceu bastante a partir de 2010, quando se transformou num dos principais opositores do PT, e segue como oposição ao governo federal.

Do outro lado está Edir Macedo, da Igreja Universal. Ele já mistura fé e política há muito tempo. Desde os anos 1990, seus programas de rádio e TV e seus templos são usados para ungir algumas pessoas, atacar outras e defender a família tradicional. Um dos seus primeiros alvos, há mais de 20 anos, foi o então eterno candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que alguns dos seus pastores definiam como o “demônio de quatro dedos”. Essa fase passou quando Lula foi eleito presidente em 2002 e contou com apoio significativo da Universal. Desde então, Macedo tem adotado uma atitude discreta em público e agressiva nos bastidores. Ele emplacou ministros e aliados em ministérios e postos-chave dos governos Lula e Dilma. Apesar de sua igreja não ser a maior do País, é a mais influente.

Uma prova desse poder se tornou concreto. O Templo de Salomão, inaugurado em 2014 e sede da Universal, é o maior templo religioso do Brasil. Ele custou R$ 685 milhões e tem uma área quatro vezes maior do que o santuário católico de Aparecida, também em São Paulo. A construção imita o templo do rei Salomão – só que numa versão estupendamente maior que a do santuário original, descrito pela Bíblia como uma edificação modesta. Na inauguração, a presidente Dilma, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) marcaram presença. Nenhum deles é evangélico, mas quem se atreveria a desagradar Macedo?

Malafaia e Edir estão longe de ser unanimidade entre os evangélicos, naturalmente. Vários pastores são contra a mistura de fé e política e preferem fazer seu trabalho de formiguinha nos recantos do País. E não são poucos.

Tanto que o número de evangélicos que frequentam templos menores ou que não se identificam com uma igreja específica explodiu nos últimos anos. As pessoas vão aos lugares onde se sentem bem. Na prática, aumentou a infidelidade a uma igreja específica. É como uma playlist da fé – você escolhe apenas as experiências que fazem mais sentido para você. Ao mesmo tempo, a Universal, igreja mais identificada com política partidária, foi uma das poucas a perder fiéis entre 2000 e 2010. Mais um ponto a favor dessa tendência de uma comunidade evangélica mais difusa, menos disposta a servir como massa de manobra ou curral de votos.

A moderação vem de dentro

Macedo, Malafaia e o pastor Lucinho lá do início do texto são três entre os 42 milhões de evangélicos do Brasil, mas de um ramo específico. Eles são evangélicos pentecostais – assim como outros 26,9 milhões de brasileiros. Segundo dados do World Christian Database, o Brasil é o país com o maior número de seguidores desse ramo do cristianismo. Nigéria, Estados Unidos, Indonésia e Gana completam o ranking dos cinco maiores.

Os evangélicos pentecostais são difíceis de entender num país majoritariamente católico, acostumado com uma hierarquia rígida, com papa, bispos e padres, e com uma celebração clara – a missa, organizada em torno do sermão do sacerdote. Evangélicos não têm uma doutrina padronizada nem uma forma única de celebração – muito menos um “papa”, claro. Qualquer um pode mudar de igreja e continuar sendo evangélico. Na prática, dizer que alguém é evangélico é tão vago quanto dizer que alguém nasceu na América do Sul, sem mencionar o país, a região, a cidade.

Há os evangélicos nascidos na reforma protestante, como os luteranos, metodistas e calvinistas. Há os batistas, que são anteriores à grande cisão com a Igreja Católica. Há a linhagem fundamentalista, que surgiu nos EUA, no início do século 20, e pregava uma interpretação literal do Velho Testamento, à moda do que fazem os judeus ultraortodoxos.  Por fim, há os evangélicos pentecostais – que são basicamente os evangélicos que chamamos de evangélicos no Brasil. Muitas dessas pessoas estão em igrejas que têm expoentes como Silas Malafaia e Edir Macedo. Outros milhões, não.

Os evangélicos pentecostais nasceram nos EUA, no começo do século 20. Eles são inspirados pelo dia de Pentecostes – o quinquagésimo dia após a Páscoa, ocasião em que os apóstolos, segundo a Bíblia, receberam do Espírito Santo a capacidade de falar línguas estrangeiras, de modo que pudessem pregar a palavra de Jesus pelo mundo inteiro. Pentecostais acreditam em curas espirituais e profecias. E, além de conservadores, são fortemente missionários.

Nos anos 1970, surge o neopentecostalismo – uma versão mais midiática e estridente dos pentecostais. Eles dão ênfase maior à cura – espiritual e física – e, principalmente, à teologia da prosperidade. Por isso mesmo os neopentecostais ganharam tanta força no Brasil nos anos de estabilidade e crescimento, já que entenderam tal bonança como prova da graça divina.

Mas a teologia da prosperidade e a posição reacionária não são as únicas bandeiras, claro. Na verdade, elas até ofuscam outras causas evangélicas, como a assistência social e a organização comunitária de ajuda mútua. No fim das contas, colocar todo evangélico no balaio conservador de Silas Malafaia e Edir Macedo é como dizer que todo brasileiro foi corintiano enquanto Lula, que torce para o time do Parque São Jorge, foi presidente. Há muita vida além do fanatismo. Basta olhar para a história.

Nos EUA, um país majoritariamente evangélico, vários líderes comunitários são pentecostais ou de outros ramos evangélicos. Martin Luther King,  líder do movimento de direitos civis nos anos 1960, era pastor. No Brasil, vários pastores vêm abrindo seus templos para gays e lésbicas. Essa quantidade enorme de pessoas, muitas delas silenciosas, sofrem um duplo preconceito. Para os evangélicos radicais, elas não são evangélicas o suficiente. Para o restante da sociedade, são fanáticos.

Portanto, se há algum caminho para impedir o crescimento dessa agenda agressiva, ele passa necessariamente por esses evangélicos moderados. São os milhões de pessoas que seguem as palavras que Jesus disse quando alguns radicais queriam matar uma mulher a pedradas: “Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra”. Esses evangélicos são os mesmos fiéis que o pastor Lucinho chama de “palhaços”. Na vida real, porém, eles não têm nada de ridículos. São nada menos que a chave para a construção de um Brasil tão evangélico quanto tolerante.

5 maiores igrejas evangélicas do Brasil

Assembleia de Deus
12,3 milhões

Igreja Evangélica Batista
3,8 milhões 

Congregação Cristã do Brasil
2,3 milhões 

Igreja Universal do Reino De Deus
1,9 milhão

Igreja do Evangelho Quadrangular
1,5 milhão

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