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Corpo – Renascido para vencer

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h17 - Publicado em 9 Maio 2012, 22h00

Maria Miranda

Quando descobriu que um câncer nos testículos espalhou-se para o pulmão e o cérebro, Lance Armstrong teve duas escolhas: desistir ou lutar até a última força. Lutou e se tornou o maior ciclista da história

“Foi a melhor coisa que me aconteceu”, vive dizendo o texano Lance Armstrong. Ele não se refere aos prêmios que o tornaram recordista no ciclismo, mas ao câncer que interrompeu sua carreira precocemente, aos 25 anos, em 1996.

O câncer nos testículos chegou ao pulmão e ao cérebro e o forçou a se aposentar do esporte que já era parte de sua rotina desde os 16. As chances de recuperação eram de 50%. E as de voltar a ser um atleta, nulas. Foi então que -Armstrong se agarrou a uma ideia: “A dor é temporária. Pode durar um minuto, uma hora, um dia, um ano e, no final das contas, vai acabar e dar lugar a outra coisa. Já se eu desistir, ela durará para sempre.”

Seu corpo já era uma máquina ¿ enquanto maratonistas de elite conseguem usar em média 70 mililitros de oxigênio por segundo a cada quilo de massa corporal, Armstrong usava 85. Mas um atleta não é pura genética. Sobreviver trouxe a ele o que faltava: disciplina e obstinação.

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Já em 1998 Armstrong voltou a pedalar. Bastou mais um ano para vencer os 6 630 quilômetros da Volta da França, principal prova do ciclismo mundial. Em 2000, ganhou mais uma vez. E em 2001, em 2002 e em 2003. Em 2004 tornou-se o principal vencedor da competição com o 6o ouro. E em 2005 venceu de novo.

Durante esses anos, outro fantasma pairou na sua vida, além do já superado câncer: as suspeitas de doping. Um ex-colega afirmou que ele usava hormônio do crescimento, testosterona e uma droga que turbina o transporte de oxigênio. Mas antidopings deram negativo.

Em 2005 resolveu se aposentar para se dedicar aos 5 filhos ¿ 3 por inseminação artificial, com o sêmen congelado antes da quimioterapia, e outros 2 sem recorrer ao método, apesar de ser considerado raro isso acontecer após tratamentos tão agressivos. Mas ele mesmo é um sujeito raro. Em 2009, com 37 anos, disputou a Volta da França de novo. Ficou em 3o lugar. Só em 2011, quase aos 40, decidiu se aposentar de vez, feliz com o modo como sua carreira começou e terminou.

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