Castelos e cidades muradas eram fortificações formidáveis, que davam toda a vantagem ao defensor. Por isso, era incomum um ataque direto. Era mais conveniente e seguro simplesmente esperar o inimigo desistir por fome. Mas os estoques podiam durar anos, e o atacante também tinha altos custos em manter suas tropas. E o inimigo poderia receber reforços. Às vezes, o ataque tinha que acontecer. Um cerco bem-sucedido acabava sendo tanto um trabalho de construção quanto de destruição.
O que aparece nesta ilustração é o cerco ao Castelo de Dover, em 1216, parte da Guerra dos Barões, a guerra civil que levou a Inglaterra a adotar sua Carta Magna. O exército francês é quem ataca. Não deu certo: os franceses acabaram derrotados quando os defensores cavaram um túnel e os atacaram de surpresa.
Entenda o cerco
1 • Armas de cerco
Trabucos de tração e onagros, catapultas mais tradicionais, eram usados pelos atacantes e também pelos defensores.
2 • Paliçadas
Para se proteger das flechas do inimigo, os atacantes construíam suas defesas.
3 • Barbacã
Quando os franceses quebraram o portão, mas não conseguiram entrar, os ingleses criaram um barbacã, uma fortificação externa, e colocaram catapultas para atacá-los de perto.
4 • Torre de cerco
Instrumento básico do atacante, uma escadaria sobre rodas e protegida, com uma rampa para ser aberta por cima do muro.
5 • Cadafalsos
Durante um cerco, as torres eram modificadas com os cadafalsos, estruturas temporárias criadas sobre elas, que tornavam inúteis ataques com flechas pelos assediadores, e permitiam atirar direto para baixo.
6 • Defesa
Castelos tinham mais de uma linha de defesa. Cruzar o primeiro muro era se expor aos defensores no próximo, até a torre de menagem, o centro do castelo, onde ficava o comando.