Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90

Cartas na mesa

A história do baralho

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h20 - Publicado em 31 mar 2005, 22h00

Para chegar às nossas mesas de jogo, o baralho percorreu um longo caminho entre vários povos. As cartas de hoje contam um pouco da história e da cultura de muitos jogadores

1. Jogador chinês

O baralho chinês influenciou o europeu e, portanto, o nosso. As cartas, finas e longas, lembravam um dominó. Os naipes eram desenhos de moedas ou, segundo outras descrições, círculos e bambus. Um baralho podia ter até 150 cartas

2. Jogador árabe

Árabes adaptaram os naipes chineses ao seu cotidiano, ilustrando-os como bastões e moedas, e incluíram dois novos: taças e espadas. Além de cartas numeradas, havia cartas simbolizando pessoas da corte, indicadas apenas pelo nome (as leis islâmicas proibiam a representação humana). Foi por intermédio dos árabes que as cartas chegaram à Europa, durante o século 14

3. Jogador espanhol

Continua após a publicidade

O baralho espanhol tinha quatro naipes que, supostamente, representavam a sociedade da época: moedas de ouro para os comerciantes, taças para o clero, espadas para os soldados e militares, e bastões (ou “paus”) para os camponeses. As três figuras masculinas da corte – valete, cavaleiro e rei – passaram a ser ilustradas

4. Jogador italiano

No século 19, surgiu na Itália o primeiro baralho de tarô, com 78 cartas. 56 eram divididas em quatro naipes, com quatro figuras cada: valete, cavaleiro, rainha e rei. As outras (chamadas hoje de tarô) eram formadas por 21 cartas numeradas mais o Louco. A carta “rebelde”, sem naipe ou número, deu origem ao nosso curinga

5. Jogadora francesa

Continua após a publicidade

O baralho francês se difundiu pela Europa a partir do Renascimento, definindo um novo padrão para as cartas européias. Suas principais características eram a carta da dama (que substituiu o cavaleiro) e os naipes: corações, losangos, trevos e pontas de lança (ou pinhões)

Olha o naipe

Os naipes foram mudando até chegar à forma estilizada de hoje. Antes de a versão francesa se espalhar pela Europa, cada país usava figuras típicas de sua cultura, como os pinhões na Alemanha

Brasileirinho

Continua após a publicidade

Em Portugal, misturaram-se naipes franceses (jogadora 5) com nomes espanhóis (jogador 3). Ou seja, herdamos um baralho bem bagunçado. Para aumentar a confusão, no Brasil, as figuras usam iniciais em inglês: K (king), Q (queen) e J (jack)

Ás de espadas

No século 18, o comprovante do imposto inglês cobrado por baralho vendido era impresso no às de espadas. Com o fim da tarifa, a marca do fabricante passou a ser impressa nesta carta, hábito que persiste até hoje

Fácil de usar

Continua após a publicidade

O baralho com imagens espelhadas foi criado na Itália, no século 18. No século 19, os naipes foram parar no lado superior esquerdo e no inferior direito de cada carta. Agora era possível fazer um leque de cartas na mão

Publicidade