As maiores teorias da conspiração sobre mortes de políticos
Entenda por que as mortes de Juscelino Kubitscheck, João Goulart e Tancredo Neves foram cercadas de boatos
Juscelino Kubitschek
No fim do ano passado, a Comissão Municipal da Verdade, de São Paulo, comandada por vereadores da cidade, apresentou um relatório segundo o qual o ex-presidente Juscelino Kubitschek teria sido alvo de um complô do regime militar para assassiná-lo. A história contada até agora dizia que ele morreu num “acidente” de carro na via Dutra, ocorrido
a 22 de agosto de 1976. De acordo com a comissão, no entanto, o motorista Geraldo Ribeiro, que conduzia o Opala no qual viajava JK, pode ter sido atingido por um tiro antes de perder o controle do automóvel e causar o acidente.
João Goulart
Deposto pelo golpe militar de 1964, Jango morreu 12 anos mais tarde no exílio. O laudo oficial indica infarto como causa da morte. Mas sua família suspeita que ele tenha sido envenenado. A Comissão Nacional da Verdade decidiu exumar o corpo do ex-presidente no final de 2013 para a realização de exames toxicológicos, cujos resultados ainda não saíram. A hipótese dos familiares é que a morte de Jango foi orquestrada por agentes da Operação Condor – plano de cooperação entre militares de Argentina, Chile, Paraguai e Brasil para eliminar esquerdistas latino-americanos.
Tancredo Neves
Pouco antes de tomar posse, em 1985, o presidente eleito Tancredo Neves foi internado às pressas em função de uma diverticulite intestinal. Ficou 38 dias internado e passou por sete cirurgias antes de morrer, no dia 21 de abril. Ele seria o primeiro mandatário civil após 21 anos de ditadura militar. Boatos de envenenamento correram o país. Também circulou a hipótese de um tiro, supostamente mantido em segredo para que a transição ao regime democrático não fosse ameaçada. Oficialmente, Tancredo Neves morreu em decorrência de complicações pós-operatórias.
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