Os 7 melhores games de 2017
De jogos independentes para celular a clássicos turbinados para novos consoles, 2017 foi histórico no mundo dos games
Mais um ano se passou com este gamer semiaposentado jogando muito menos do que gostaria – e muito mais do que deveria. Para aliviar um pouco essa frustração, resolvi que meu achievement final do ano seria dedicar a vocês uma lista com os melhores games de 2017.
A seleção é bem pessoal e o mais diversa possível: de jogos para celular aos games de orçamento milionários produzidos para os grandes consoles; de estética 3D hiper-realista a gráficos simples, preto e branco, passando por animações retrô. Esperamos que 2018 seja tão divertido como foi este ano.
7. Hidden Folks
Android, iOS, Linux, Mac, Windows
Nossa lista começa com um jogo independente que roda em celular e computador. Um Onde está Wally? para as novas gerações. Hidden Folks é simples ao extremo: só tem duas cores (preto e branco), efeitos sonoros feitos com a boca por um dos idealizadores e uma estética de “feito à mão”, sem ostentação gráfica. Dê uma chance para essa viagem de Adriaan de Jongh e Sylvain Tegroeg.
6. Everything
Linux, Mac, PlayStation 4, Windows
Um jogo ou uma obra de arte? Essa é a principal discussão levantada por essa, eh, digamos, peça de entretenimento. Embora ele te convide a fazer parte de um universo gigantesco, que pode ser explorado a esmo, numa empreitada sem limites, Everything é o oposto de No Man’s Sky. Em vez de explorar ambientes e coletar, você é convidado a se mesclar com o ambiente até se fundir com ele, e apenas contemplar e refletir sobre o seu lugar nesse complexo sistema. Parte desse clima é criado pela narração ininterrupta do filósofo britânico Alan Watts. Basicamente, o jogador é colocado para observar o Universo sob a perspectiva de vários animais ou de estruturas gigantes e minúsculas, de um urso a uma estrela (ou a uma bactéria), por exemplo. Um jogo aberto não somente em termos de cenário, como de pensamento.
5. Cuphead
Xbox One, Windows
A estética retrô faz desse Looney Tunes frenético um clássico instantâneo, cujos gráficos e trilha sonora levam você para dentro de um cartoon dos anos 1930. E não é só isso: o nível de dificuldade é dos maiores para games de sua geração – relembrando até os jogos mais casca-grossa, como Battletoads. A estrutura é a mesma dos joguinhos de plataforma dos anos 1980 e 1990, com vários obstáculos ao longo de fases que culminam no enfrentamento do Cuphead com chefões – cada um desafiando o jogador a desenvolver e a demonstrar habilidades diferentes.
4. Destiny 2
PlayStation 4, Windows, Xbox One
Não é qualquer jogo que alia o melhor de um shooter em primeira pessoa com RPG multiplayer. Em Destiny 2, salvar o Sistema Solar é a força que move a narrativa – com muito menos enrolação do que nas 20 primeiras horas de Destiny. Outro detalhe importante: o jogo é gigantesco. Só fora da campanha principal, há muito mais a ser feito na sequência do que no Destiny original. Pode se jogar nele…
3. Super Mario Odyssey
Nintendo Switch
“It’s me, Mario.” É com a empolgação de sempre que o bombeirinho italiano estrela esse jogo que é, ao mesmo tempo, uma homenagem a toda saga de dezenas de games e um sinal de renovação para a franquia. A nostalgia é marcante, principalmente, nos figurinos do Mario: o jogo mostra o encanador vestido com trajes de jogos obscuros, como Nes Open Tournament Golf e Quix, para Game Boy. A vanguarda está presente nos ambientes 360º (lembra de Super Mario World, do Nintendo 64?) e em fases que colocam Mario em um cenário mais realista, fora dos habituais mundos com cogumelos, tartarugas, plantas carnívoras, encanamentos e grandes blocos. No cenário de Metro Kingdom, por exemplo, Mario interage com caracteres humanos, numa escala que faz imaginar como seria o ter o personagem vivendo no mundo real. Continua sendo Mario, mas com um olhar para o futuro.
2. Playerunknown’s Battlegrounds
Windows, Xbox One
O que leva um jogo inacabado a ser um dos mais populares do mundo – com 20 milhões de cópias vendidas no primeiro semestre desde o lançamento e até um milhão de jogadores online simultaneamente – e candidato a melhor jogo de um ano? Em PUBG, o esquema é simples: você cai de paraquedas (no jogo, claro) num cenário de 8 km2 para duelar com outros 99 jogadores (o chamado battle royale). O último que sobrar vivo é o vencedor. Basicamente, o criador do jogo, Brendan Greene, usou tudo que aprendeu fazendo modos battle royale para outros games (Arma 2, Arma 3 e H1Z1) para dar vida ao melhor e mais hypado de todos os shooters da atualidade.
1. The Legend of Zelda: Breath of the Wild
Nintendo Switch, Nintendo Wii U
O jogo de estreia do Nintendo Switch só tinha duas opções: ser o melhor jogo do ano e alavancar o novo console fixo+portátil ou ser a falha do ano e afundar as vendas da aposta japonesa. O sucesso foi retumbante. Uma das franquias mais famosas da história dos games ganhou uma obra-prima, um jogo à altura de seu legado. Há excelência em quase todos os aspectos do game: Breath of the Wild é um jogo de mão cheia para quem gosta de mergulhar na história principal e para quem curte se distrair com puzzles, combate, desenvolvimento do personagem e missões paralelas. Tudo isso aliando uma história bem contada, cheia de personagens coerentes, complexos e divertidos, com liberdade para o jogador explorar o mundo com Link.