A caótica produção de “Mad Max: Estrada da Fúria”
"Furiosa", novo filme da saga Mad Max, estreou na última quinta (23). Relembre como foram as (conturbadas) filmagens do seu antecessor.
Pedido (não) entregue
O diretor George Miller teve a ideia para um novo Mad Max em 1998, 13 anos após o fim da trilogia original. Mel Gibson retornaria ao papel de Max e as filmagens começariam em 2003, no deserto da Namíbia. Mas depois do 11 de Setembro, em 2001, as regras da aviação civil endureceram, o que dificultou o transporte dos carros do filme para a África. A Fox, estúdio responsável pelo longa, abandonou o projeto.
Cadê a areia?
Em 2006, Miller lançou Happy Feet pela Warner Bros e foi um sucesso. O estúdio, então, deu sinal verde para que ele retomasse Estrada da Fúria. Gibson, porém, estava velho para o personagem e foi substituído por Tom Hardy. A produção começaria em 2010, num deserto na Austrália (terra natal de Miller), mas fortes chuvas fizeram nascer flores e plantas por lá. Nada a ver com o clima pós-apocalíptico da saga.
Clima tenso
As filmagens começaram em 2012, na Namíbia. 600 pessoas trabalharam por seis meses sob um rígido esquema de segurança (para evitar acidentes nas cenas de ação) e um forte inverno: uma das atrizes, Riley Keough, teve hipotermia. Para completar, Hardy e Charlize Theron (que faz a personagem Furiosa) brigavam o tempo todo. Theron pediu para que uma produtora ficasse sempre ao seu lado, pois não se sentia segura perto do ator.
Mais uma chance
Jeff Robinov, presidente da Warner, viajou à Namíbia para dizer que o orçamento havia estourado e que as filmagens terminariam em dezembro. Só que Miller ainda não tinha gravado o começo nem o final do filme – teria que se virar na pós-produção com sua esposa, a editora Margaret Sixel. Por sorte, um novo chefão do estúdio deu ao diretor mais um mês de gravações, que rolaram no final de 2013 (desta vez, na Austrália).
A caçada continua
O filme saiu em 2015 e foi um hit. Arrecadou US$ 380 milhões, o dobro do seu orçamento, e venceu 6 Oscars. Furiosa, que Miller gostaria de ter gravado junto com Estrada da Fúria, vai se passar 20 anos antes do seu antecessor e mostrará a origem da personagem-título, agora interpretada por Anya Taylor-Joy (de O Gambito da Rainha). E não para por aí: ao menos duas sequências de Mad Max estão em desenvolvimento.