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Viciados se importam menos com outras pessoas

Estudo achou uma correlação entre abuso de substâncias e a incapacidade de julgar os sentimentos alheios

Por Fábio Marton
31 mar 2016, 21h15 • Atualizado em 31 out 2016, 19h00
  • Jovens com dependência de álcool e outras substâncias tendem mais a colocar outras pessoas em risco: fazem mais sexo sem camisinha e dirigem mais vezes intoxicados. Pode parecer só falta de responsabilidade induzida por se estar… (qual seria a palavra?) doidão, mas há um lado mais sombrio nisso: esses jovens com algum tipo de vício são muito menos propensos a se dedicarem a trabalhos voluntários, ajudar aos outros.

    Esses são os achados no estudo da psicóloga Maria Pagano, da Case Western Reserve University (Cleveland, EUA). Ela estudou o comportamento de 585 jovens secundaristas, classificando-os segundo seus hábitos com álcool e outras drogas e medindo essas três variáveis: dirigir bêbado (a idade para a habilitação nos EUA é 16 anos), fazer sexo desprotegido e se interessar por trabalho voluntário. Pagano achou, entre outras coisas, uma correlação 100% maior em jovens que abusavam de drogas ou álcool em fazer sexo desprotegido – mesmo quando eles sabiam que tinham doenças sexualmente transmissíveis – que com aqueles que não usavam.

    Viciados, em outras palavras, não dão muita bola para os outros nem entendem como seu problema afeta seus entes queridos. O que explica como a doença pode destruir suas vidas sociais e também como é difícil convencê-los a se tratarem. “O viciado é como um tornado passando pela vida dos outros”, afirma Pagano. “Mesmo quando estão se recuperando, há poucos indícios que eles entendem como suas ações impactam aqueles em sua volta. Isso é parte de sua doença.”

    Importante: nada disto pretende criminalizar os viciados, que também sofrem com a própria doença. Segundo Pagani, esse fator da insensibilidade é apenas algo que deve ser levado em consideração ao se planejar tratamentos. Ela pretende descobrir formas para diminuir essa parte do problema. Uma de suas apostas é justamente o trabalho voluntário, ressensibilizar o paciente aos problemas dos outros.

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