Um dia na vida de… uma pessoa com ansiedade ou depressão
Perguntamos para pessoas com doenças mentais quais são as situações mais desagradáveis que elas passam no cotidiano e desenhamos para você
Por Pâmela Carbonari
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, Karin Hueck
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, Helô D'Angelo
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Atualizado em 15 jan 2023, 11h30 - Publicado em 22 dez 2016, 19h02
(Conheça a série de quadrinhos da SUPER: “Um dia na vida de…”. Conversamos com mulheres, negros, gays e pessoas com deficiência para entender quais situações desconfortáveis fazem parte de seu dia a dia – e depois desenhamos os casos para todo mundo entender)
Agradecemos a consultoria de Dra. Flávia Arantes Hime, psicoterapeuta e professora da PUC-SP, e Dr. Eduardo de Castro Humes, psiquiatra e coordenador do ambulatório de Psiquiatria do Hospital Universitário da USP.
As festas de Natal e Ano Novo talvez sejam a época mais paradoxal do ano. Ao mesmo tempo em que ficamos mais introspectivos, lembrando do que aconteceu nos últimos meses e planejando os próximos, é um tempo de convívio, encontros e confraternizações. Mas, para quem não consegue responder com sinceridade, e sem engolir seco, à pergunta “como vai você” na hora da ceia, essa também é uma fase de muito constrangimento – e passível de muitas opiniões gratuitas. Se no geral opiniões gratuitas já não são bem-vindas, para quem sofre de doenças mentais, os pitacos desinformados não são apenas desconfortáveis, mas ameaças à saúde. E não estamos falando de doenças raras(pelo menos não desta vez), mas de ansiedade e depressão, patologias comuns que podem acontecer com qualquer até mesmo sem um estopim aparente.
Relativizar os sintomas da doença, ser tachado de louco, culpar o doente por não mostrar sinais de recuperação, condenar o uso de medicamentos e a necessidade de tratamento psicológico ou psiquiátrico são apenas algumas das situações que as pessoas que sofrem com transtornos psicológicos sofrem.
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Mas ter depressão não é estar tristinho, é estar doente. Quem está depressivo e não consegue sair da cama não é preguiçoso, dorminhoco, nem está fazendo corpo mole, está recluso porque não tem condições de dar conta das atividades do dia a dia. Ter transtornos de ansiedade não é estar com borboletas no estômago para fazer uma viagem legal, tirar férias ou comemorar seu aniversário, é não conseguir aproveitar tudo isso por estar doente. Pânico, ansiedade e depressão não são frescuras nem chiliques – são quadros clínicos psiquiátricos que precisam ser tratados.
Assumir que o vazio, a apatia, a melancolia e a paranoia que as pessoas com ansiedade ou depressão sentem são características de doenças graves (assim como a glicose alterada da diabetes e a gastrite pré-úlcera), é o primeiro passo para que eles possam se recuperar.
Optamos por focar em circunstâncias que retratam casos de depressão e transtornos de ansiedade por serem as doenças psiquiátricas mais comuns em todo o mundo e também porque seus sintomas e respostas se manifestam em outras patologias – sendo assim, as duas mais universais.
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Os quadrinhos a seguir foram inspirados em situações reais pelas quais pessoas com depressão ou ansiedade passam no dia a dia.
Um dia na vida de uma pessoa com ansiedade ou depressão
Com quadrinhos de Helô D’Angelo
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