Terapia japonesa embrulha pessoas para elas se sentirem no útero
Chamada de Otonamaki, a técnica nipônica promete aliviar o estresse e melhorar a postura e a flexibilidade.
Se você tem problemas de claustrofobia, não leia esta matéria. Uma nova terapia vem ganhando cada vez mais adeptos no Japão. Conhecida como “Otonamaki” (algo como “embrulho humano”), a técnica consiste em empacotar e amarrar pessoas em lençóis.
A ideia da terapia veio de uma prática muito parecida, o “Ohinamaki”, que embrulha bebês em panos em diversas posições para ajudar no desenvolvimento físico. A invenção do Otonamaki foi de uma parteira famosa no Japão, Nobuko Watanabe, que também inventou um cinto que dá apoio para a barriga de mulheres grávidas.
“Muitas pessoas ficavam preocupadas com os bebês e achavam que eles estavam sufocando ou se sentindo claustrofóbicos enquanto estavam embrulhados”, contou à BBC o terapeuta Orie Matsuo, da Kyoko Proportion – uma das clínicas que oferecem o método. “Nós pensamos que se os adultos experimentassem a técnica, sentiriam como isso é bom”, destacou, referindo-se à sensação reconfortante de estar de volta ao útero materno.
A terapia é oferecida principalmente às mulheres como alternativa para massagens e fisioterapia. Dentro do “embrulho”, a pessoa fica com pernas e braços cruzados, aproximando a cabeça dos joelhos.
Segundo Matsuo, a posição fetal ajudaria a relaxar os músculos, além de dar mais flexibilidade ao quadril, pernas e ombros. “O corpo é endireitado e acaba com a dor nas costas, na região lombar e nas articulações”, explicou.
A novidade causou alvoroço no Japão, mas fisioterapeutas tradicionais contestam o método e afirmam que ele não pode substituir a fisioterapia convencional. Mesmo assim, sessões de 20 minutos (no mínimo) continuam fazendo sucesso e custam a partir de R$ 100.