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Por que o barulho de mascar chiclete irrita tanta gente

O seu sangue sobe só de ouvir alguém mastigando ou fazendo tic-tac com a caneta? Não culpe quem estiver te irritando – o problema está no seu cérebro

Por Pâmela Carbonari Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 13h56 - Publicado em 3 fev 2017, 17h39

Você já se sentiu tentado a pedir para o seu amigo mascar chiclete de boca fechada, não sugar a sopa da colher ou parar de batucar na mesa? Seu sangue ferve só de pensar nessas situações? Não se sinta sozinho. Seu amigo em questão pode até não ser o mestre das boas maneiras, mas a grande razão para esses barulhos te tirarem do sério é uma anomalia cerebral chamada misofonia.

Assista à reação das pessoas ao escutarem sons insuportáveis

Pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, descobriram que as pessoas que acham ruídos como os citados acima insuportáveis apresentam uma diferença no lobo frontal do cérebro em relação àquelas que não se incomodam – o que faz da misofonia um transtorno cerebral. Até então, a irritação com esses sons era vista com ceticismo pela comunidade médica, que a chamou de “condição” em 2001.

Para o líder do estudo, Sukhbinder Kumar, do Instituto de Neurociência da Universidade de Newcastle, a descoberta é uma boa notícia porque é a primeira vez que cientistas demonstram uma diferença na estrutura e no funcionamento do cérebro dos misofônicos. “Este estudo é mais uma evidência para convencer os céticos da comunidade médica de que a misofonia é sim um transtorno genuíno”, afirmou em comunicado à imprensa.

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A pesquisa foi publicada recentemente no periódico Current Biology. Para chegar a essas conclusões, os cientistas fizeram exames de ressonância magnética em pessoas que não se incomodavam com os barulhos e outros que não os suportavam. Durante o exame, os voluntários foram expostos a três tipos de sons: neutros (chuva, água borbulhando, um café lotado), desagradáveis (choro de bebê, uma pessoa gritando) e os gatilhos (mastigação, respiração).

Os pesquisadores notaram que ao ouvir os sons de gatilhos, a atividade cerebral dos portadores de misofonia foi muito diferente da observada no primeiro grupo. Isso porque os voluntários do segundo grupo possuem uma anormalidade no mecanismo de controle emocional que sobrecarrega o cérebro a cada tic-tac ou mastigada de boca aberta. E o incômodo não para por aí: os pesquisadores também notaram que os sons de gatilho provocam, inclusive, aumento da frequência cardíaca e da sudorese em quem sofre de misofonia.

Na próxima vez que seu amigo estiver mascando chiclete de boca aberta ao seu lado, já sabe a desculpa para fazê-lo parar: dizer que você é misofônico.

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