Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90

Perdão e nojo têm raízes em comum no cérebro

Quem é mais nojentinho pode ter propensão maior ao rancor – e vice-versa.

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 nov 2018, 17h24 - Publicado em 24 out 2018, 17h42

Há uma ilha dentro do cérebro. Uma região escondida lá no meio, chamada de córtex insular. E o tamanho dessa ilha pode determinar o quão disposto você é a perdoar quem te fez mal. Pessoas com esse pedaço do cérebro maior que a média tendem a ser mais rancorosas, de acordo com um novo estudo.

Já quem tem uma ínsula menorzinha tende a se ofender menos com a ação alheia, e perdoa mais facilmente. O curioso é que o córtex insular é famoso por seu envolvimento em uma emoção totalmente diferente: o nojo.

A ínsula fica ativa caso você veja (ou apenas imagine) uma cena bem nojenta – seja de uma carnificina ou comida podre.

O interessante é que a pesquisa, realizada em Xangai, sugere que perdão e nojo são inversamente proporcionais no cérebro. Quem tem uma ínsula maior que o normal estaria mais predisposto a sentir nojo  e guardar rancor. E quem perdoa mais fácil, com sua pequena ínsula, seria também menos sensível às nojeiras do dia a dia.

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