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Pais gays se envolvem mais na vida dos filhos

Eles são mais presentes nas atividades escolares que pais heterossexuais - e também melhores na divisão de tarefas

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
9 jun 2017, 16h11

A grande maioria dos estudos sobre filhos de casais homossexuais não encontra nenhuma diferença entre o desenvolvimento dessas crianças e daquelas que têm pais heterossexuais. É o que aponta um levantamento da Escola de Direito da Universidade de Columbia: 75 pesquisas realizadas por diferentes estudiosos não mostraram disparidades – e só 4 concluíram que existia algum tipo de prejuízo, escolar ou emocional, às crianças.

Mesmo assim, pouco se sabe sobre a experiência de paternidade e maternidade para os casais homossexuais em si. Foi isso que o especialista em educação Andrew Leland, da Universidade Rutgers, decidiu investigar.

Seu foco era entender como é a experiência paterna e o envolvimento nas atividades escolares dessas crianças. Ele relata, em um artigo para o site The Conversation, que o primeiro fator importante é o status socioeconômico da família.

Pais gays, brancos e ricos tendem a se conformar aos papéis convencionais de criação dos filhos. Um deles trabalha fora e é responsável pela maior parte da renda, enquanto o outro trabalha (e ganha) menos e fica responsável pelo cuidado das crianças.

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Mas, nas famílias de classe média para baixo, em que os dois pais trabalham, essa divisão é quebrada – com uma vantagem sobre os casais heterossexuais: as tarefas não têm como recair sobre os papéis arcaicos de gênero, com a mulher trabalhando e sendo a principal responsável pela casa e pelas crianças. Assim, eles precisam dividir obrigações de forma racional, e as responsabilidades acabam dependendo mais das habilidades de cada um. Dessa forma, a divisão fica mais orgânica e igualitária.

Essa não foi a única vantagem que a literatura científica encontrou entre os pais gays. A pesquisa de Leland sugere que homossexuais estão muito dispostos a investir tempo na vida escolar dos filhos. Eles se envolvem em associações de pais e mestres, organizam eventos extraclasse e se voluntariam a auxiliar os professores.

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Uma pesquisa que entrevistou mais de 580 pais gays concluiu que a participação deles nesse tipo de atividade é maior do que a dos pais héteros. E há motivação para isso, além de estarem mais próximos das crianças: é uma iniciativa contra o preconceito.

Segundo Leland, eles participam com o intuito de aumentar a visibilidade de casais do mesmo sexo. A maioria desses pais faz questão de deixar explícito junto à escola que são gays e que seus filhos são adotados. Com isso, e ao dar as caras com frequência, eles tentam prevenir ou neutralizar atitudes negativas e preconceituosas que possam vir de outros pais ou professores.

Ou seja: eles participam mais do dia a dia dos filhos não só para ter mais contato com eles, mas com a intenção de protegê-los e garantir que o ambiente é inclusivo a todos os tipos de família.

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