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Economistas descobriram como prever o divórcio só com 2 perguntas

A pesquisa mostrou que essas questões antecipavam quem tinha maior probabilidade de se separar – seis anos antes dos divórcios acontecerem.

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 ago 2018, 12h41 - Publicado em 16 nov 2016, 15h35

Se você precisa de alguém para simplificar questões do coração com base em números e dados, chame um economista. Dois pesquisadores da Universidade da Virginia se propuseram a fazer exatamente isso: prever, com apenas duas perguntas, a chance de um casal continuar junto seis anos depois.

Os economistas reuniram informações de 3.600 casais heterossexuais, que tinham respondido a essas duas questões em meio a um grande questionário nacional:

– Mesmo que seja muito improvável, imagine por um momento como diversas áreas da sua vida mudariam se você se separassem. Como você acha que sua felicidade, em geral, ficaria?

1) Muito pior
2) Pior
3) Igual

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4) Melhor
5) Muito melhor

– E como você acha que ficaria a felicidade do seu parceiro nessa mesma situação?

Seis anos depois da pesquisa, 7% dos casais tinham se divorciado. Dá para imaginar que quem achava que estaria “muito melhor” sem o parceiro não estava no pique de continuar casado, mas esse não era o maior fator de risco para o casamento.

O que fez mais diferença foi a resposta à segunda pergunta e quão certa ela estava. Os casais que mais se divorciaram eram justamente aqueles que, seis anos antes, não conseguiram analisar corretamente o quanto seu parceiro ficaria feliz ou triste fora do relacionamento.

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Os casais que tinham percepções incorretas sobre a felicidade do outro tinham um risco 8,6% maior de se separar. Mas quanto maior era a discrepância entre a expectativa de um e a felicidade do outro, maior o risco, chegando a ter 12% a mais de chance de se separar do que a média.

O estudo também mostrou que exagerar na felicidade do outro é mais prejudicial que subestimar. As taxas mais altas de divórcio na pesquisa surgiram entre as pessoas que achavam que seus parceiros estavam mais felizes (e sentiriam mais falta deles) do que a realidade. Quando o marido superestimava muito a felicidade da esposa, o risco de separação era 13,1% maior. Se era a mulher que estava exagerando nas expectativas, a chance crescia para 14,5%, a máxima encontrada na investigação.

A conclusão dos pesquisadores é que quando supomos que a outra pessoa está feliz, nos preocupamos menos em agradar. Mais que isso, porém, os resultados indicam que, se há falha na comunicação do casal, as coisas tendem a dar muito errado – e dá para perceber sinais disso anos antes do final acontecer.

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