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Use o seu dinheiro para comprar tempo, não objetos

Pesquisa mostra que terceirizar trabalhos domésticos ou tarefas repetitivas deixa você mais feliz do que acumular bens materiais. Viva a preguiça!

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 jul 2017, 16h49 - Publicado em 25 jul 2017, 15h09

Se tempo é dinheiro e dinheiro traz felicidade, então tempo traz felicidade. Certo?

Certíssimo. Pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, confirmaram que pagar para que outras pessoas façam tarefas para você é um bom jeito de abrir um sorriso – ainda que com uma pontinha de culpa. “Pessoas que contratam uma empregada doméstica ou pagam para o filho do vizinho cortar a grama podem até se sentir preguiçosas. Mas nossos estudos sugerem que comprar tempo é tão bom para a felicidade quanto ter mais dinheiro”, declarou à imprensa Ashley Whillans, líder do estudo.

Ela e sua equipe selecionaram 4,5 mil voluntários de quatro países: EUA, Holanda, Canadá e Dinamarca. Eles responderam questionários bem diretos: você é satisfeito com a própria vida? Em média, quanto você gasta por mês pagando pessoas que realizam suas tarefas para você? Além das perguntas óbvias, o formulário também incluia questões mais sutis sobre a frequência com que os entrevistados ficavam estressados pelo acúmulo de tarefas.

Até aí, nada surpreendente: quem não gosta de ficar de pernas para o ar? Acontece que o resultado não mudou de acordo com a renda média. Mesmo os entrevistados mais pobres, que em princípio não recebem o suficiente para chamar uma diarista, ficam felizes de bolso vazio quando podem terceirizar os serviços domésticos.

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Para confirmar os resultados, Whillans e seus colegas encenaram a situação na prática. 60 voluntários de diferentes situações socioeconômicas receberam a missão de gastar 40 dólares em dois finais de semana seguidos. No primeiro, o dinheiro deveria ser gasto com um bem material, como um tênis. No segundo, contratando um serviço para economizar tempo, como uma lavanderia. Não deu outra: segundo os questionários psicológicos que foram aplicados posteriormente, quase todo mundo ficou mais satisfeito com a própria vida na segunda situação.

A conclusão mais surpreendente, porém, não foi que tempo é felicidade, mas sim que pouca gente parece optar pela folga. No placar geral, só 28,2% dos entrevistados afirmaram gastar alguma quantia mensal contratando serviços externos. E mesmo entre os 818 milionários que colaboraram com a pesquisa, só 60% têm o hábito de pagar para evitar a vida doméstica. Você pode ver as estatísticas no artigo científico, publicado aqui.

Moral da história? Não é para virar um Buda sentado e cheio de peso na consciência. É só que, às vezes, pagar para não fazer coisas chatas pode ser melhor que pagar para fazer coisas legais. E quanto àquela história de que dinheiro é felicidade, lá no primeiro parágrafo… Bem, não somos nós que estamos falando – é o pessoal da Mundo Estranho, mesmo.  Um abraço deste repórter, que hoje vai embora mais cedo para pôr a roupa na máquina. 

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