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Como a bicicleta foi inventada?

O maior gênio da Renascença, o inventor do pneu e um cavalo de pau nunca trabalharam juntos, mas o meio de transporte mais eficiente do planeta tem um pouco de cada um. Veja quem contribuiu com o quê.

Por Rodrigo Rezende
Atualizado em 31 out 2016, 18h53 - Publicado em 21 fev 2011, 22h00

LEONARDO DA VINCI
Ele é o autor do verdadeiro coração da bicicleta: o sistema de transmissão por correia dentada. Mas ninguém sabia. Os desenhos de Leo só ficariam populares no século 20. E a bicicleta nasceu na Alemanha em 1817 como um cavalo de pau sobre rodas. Sem corrente. Nem pedal. E com outro nome: Laufmaschine (“máquina de correr”).

A CRIAÇÃO DO PNEU
A borracha cheia de ar comprimido tornou o carro possível. E o avião também (não tente pousar o seu sem pneus no trem de pouso). Mas a estreia dela foi na bicicleta: John Dunlop, o escocês que criou o pneu, instalou os primeiros da história na bicicleta do filho, em 1887, porque a trepidação das rodas de madeira deixavam o garotinho com dor de cabeça (Uóum).

CÂMBIO SHIMANO
Metade dos câmbios de bicicleta no mundo são da Shimano, uma companhia japonesa. Ela nasceu em 1921 como uma fábrica de rolamentos. Passou a fazer câmbios de bicicleta em 1957 e poucos anos depois montou uma filial nos EUA – o que garantiu sua popularidade no Ocidente. O boom da companhia veio nos anos 70, quando o número de bicicletas com marcha (e quase sempre com câmbios da Shimano) subiu de 3% para 60% do total nos EUA.

UMA SUPERMÁQUINA
Ela é o meio de locomoção mais eficaz do planeta: 99% de aproveitamento da energia de cada pedalada, contra 20% de um carro a cada acelerada. A bicicleta permite que você percorra 3 vezes a distância que faria andando em um plano sem gastar um pingo a mais de energia por isso. Nas subidas a eficiência é menor: 85%, já que a marcha mais leve é a que mais desperdiça.

UM TRÂNSITO MAIS SEGURO
O que fazer para garantir a segurança do ciclista no trânsito? Diminuir os limites de velocidade? Construir mais pistas para bicicleta? Segundo uma pesquisa internacional liderada pela Universidade de New South Wales, na Austrália, a resposta é outra: dobrar o número de bikes. Quando isso acontece, o número de acidentes com ciclistas cai em um terço. Ponto para Amsterdã, onde 4 em cada 10 viagens são feitas pedalando.

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