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13 alimentos que não são tão saudáveis assim

Sucos detox, sal rosa do himalaia, leite de amêndoas: alimentos saborosos e “saudáveis” cujo valor nutricional não é tão incrível como gostamos de pensar.

Por Tiago Jokura
Atualizado em 11 mar 2024, 17h50 - Publicado em 26 dez 2017, 13h05

Depois daquela ceia de natal memorável – sim, aquela que até agora deixa lembranças em corações, mentes e intestinos mais sensíveis – muita gente procura aliviar a barra na alimentação por pelo menos uma semana, renovando a carcaça para aguentar o tranco do réveillon.

Mas tocar esse detox relâmpago não é tão simples assim. Muitos alimentos considerados leves e saudáveis podem implodir seu rehab alimentar. Para ajudar a fazer sua lista, recomendando o que NÃO consumir até a virada do ano, a SUPER se baseou numa lista do nutricionista argentino Andy Bellatti, cofundador da Dietitians for Professional Integrity.

1. Suco

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(iStock/Superinteressante)

Essa já é clássica: o suco de frutas 100% natural já teve seus dias de glória nas dietas mais variadas. Afinal, por não ter adição de açúcar, como é o caso dos refrescos e néctares que dominam as prateleiras dos mercados, o suco natural foi louvado até descobrirem que seus açúcares também não eram tão saudáveis assim. Nada contra a frutose em si, mas é que o processo de espremer a fruta para consumir apenas o líquido docinho descarta as fibras que controlam a absorção dos açúcares pelo corpo, causando picos de hiperglicemia no sangue uma das consequências do consumo constante de suco é o ganho de peso. Quando consumimos as frutas sem processar, as fibras permanece e fazem com que o açúcar seja absorvido aos poucos pelo organismo, evitando, por exemplo, o diabetes.

2. Óleo de coco

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(iStock/Superinteressante)

O queridinho da Bela Gil também tem seus problemas: comparando com o azeite de oliva, que tem 1 g de gordura saturada (associadas ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 e colesterol alto) e 10 g de gordura mono ou poliinsaturada (que aumentam o nível de colesterol “bom”, o HDL) por colher de sopa, o óleo de coco tem 12 g de saturada e apenas 1 g de gordura boa.

3. Sal do Himalaia

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(iStock/Superinteressante)
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Ele é rosa, rústico, saboroso, chique e… inútil para saúde. Sim, a coloração indica que ele contém minerais que não estão presentes no sal de cozinha, mas a quantidade é irrelevante em termos nutricionais (até por que a quantidade de sal que ingerimos também é mínima).

4. Produtos com zero gordura (ou quase isso)

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(iStock/Superinteressante)

Gorduras são demonizadas indevidamente. O pensamento geral é de que diminuir ou até eliminar as gorduras da dieta promovem saúde e perda de peso. Contudo, uma pesquisa com quase 50 mil mulheres mostrou que dietas com pouca gordura não diminuíram o risco de contrair câncer ou doenças cardíacas. E também não resultaram em menos peso corporal. A recomendação atual é de que se consuma, moderadamente, alimentos com gorduras saudáveis, como castanhas, peixe e abacate.

5. Granola

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(iStock/Superinteressante)

Uma queridinha de quem se exercita e dos frequentadores de lojas produtos naturais. Muitas das marcas industrializadas são altamente calóricas e cheias de açúcar. Leia atentamente o rótulo antes de comprar ou procure receitas caseiras na internet.

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6. Alimentos sem glúten

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(iStock/Superinteressante)

ATENÇÃO: essa recomendação não vale, obviamente, para os portadores de doença celíaca, que não devem consumir glúten de jeito nenhum. Agora, se você não faz parte desse 1% da população diagnosticado com essa condição, pode mandar ver no pãozinho, macarrão (a eventual ocorrência de gases e indisposições digestivas não necessariamente é culpa do glúten). Detalhe importante: pães de fermentação natural são menos agressivos a sistemas digestivos sensíveis (ainda que entre não portadores de doença celíaca).

7. Alimentos “detox”

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(iStock/Superinteressante)

A não ser que você tenha sido envenenado, não precisa tomar sucos ou chás “detox” (desintoxicantes). De acordo com Bellatti, em entrevista ao Business Insider, “não há nada nesses alimentos ou em quaisquer outros que seja, de fato, desintoxicante.” Se estiver tudo bem com a saúde, rins e fígado já dão conta sozinhos independentemente dos alimentos ingeridos de eliminar as toxinas do organismo.

8. Leite de amêndoas

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Outro item na lista dos banidos é a lactose. Por causa disso, há cada vez mais oferta de bebidas sem lactose nos supermercados de leite animal sem a substância a leites vegetais de toda sorte, incluindo os feitos com soja, nozes, arroz e amêndoas. No caso específico do leite de amêndoas, já se observou produtos industrializados com apenas 2% de matéria-prima na composição. Ou seja, quase zero nutrientes. Se você é muito fã desse tipo de leite, melhor fazer em casa.

9. Multivitamínicos

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Essa modinha americana 50% da população consome suplementos de vitamina tem muitos adeptos no Brasil, ainda que décadas de pesquisa não tenham encontrado razão para o hábito. Calma, não estamos dizendo que você não precisa de vitaminas. Elas são fundamentais para desempenhar inúmeras e vitais funções corporais. Mas o consumo de alimentos (e uma dose diária de luz solar, no caso da vitamina D) já dá e sobra para as nossas necessidades diárias, sem necessidade de pílulas.

10. Clara de ovo

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(iStock/Superinteressante)

Marombeiros que nos perdoem. Neste caso, a questão não é evitar o consumo de claras elas continuam sendo uma fonte saudável de proteínas , mas resgatar a presença das gemas no seu prato. Na gangorra das modas dietéticas, a gema do ovo é ora condenada, ora absolvida e assim deve ser até o fim dos séculos. Estudos recentes têm demonstrado que o consumo de gemas não está associado a problemas cardíacos e nem influencia no aumento do colesterol.

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11. Néctar de agave

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Muito recomendado como substituto do açúcar, esse néctar extraído da matéria-prima da tequila supostamente diminuiria os temidos níveis de glicose no sangue. O problema é que a alta concentração de frutose (sim, a mesma do demonizado xarope de milho) no néctar de agave está associado a condições indesejáveis, incluindo doenças do coração.

12. Água de coco

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(iStock/Superinteressante)

Ela é, sim, refrescante, docinha e rica em potássio, vitaminas e minerais e não tem nada terapêutico ou que comprovadamente previna doenças, como tem gente que gosta de acreditar. No fim das contas, em termos meramente nutricionais, a água de coco pode ser tranquilamente substituída por um copão d’água e um pedaço de fruta.

13. Bebidas esportivas

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(iStock/Superinteressante)

Aquele isotônico refrescante e cheio de sais minerais e outros nutrientes que repõem o que foi perdido em sua extenuante atividade física não é o elixir da recuperação atlética. Especialistas recomendam uma reposição simples do que foi perdido após o esforço esportivo: água para reidratar e 20 g de proteína para compensar as perdas musculares.

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