Justiça – Edição Definitiva (Panini Books, 492 pgs., R$ 110), lançado em agosto, é uma enorme edição especial que reúne os 12 volumes da minissérie Justiça, lançados entre 2005 e 2007. Na história, escrita por Jim Krueger e ilustrada por Alex Ross e Doug Braithwaite, os vilões fazem algo incomum: se juntam para fazer do mundo um lugar melhor. Isso mesmo! Mas todos sabemos que os planos de supervilões não costumam ser como esperamos.
Nas primeiras páginas, vemos os vilões tendo pesadelos em que os heróis falham ao tentar salvar o mundo, deixando que este seja destruído. Seria isso uma previsão, uma simulação? Não sabemos. Mas os vilões ficam preocupados (afinal, um mundo destruído não pode ser dominado) e se unem para tentar um plano novo: fazer o bem.
Eles começam a resolver problemas sérios como a fome, jogando a opinião pública contra a Liga da Justiça, que nunca se prestou a fazer isso. Mas não acaba por aí: os vilões também criam uma estratégia para enfraquecer os heróis, dificultando sua comunicação e até mesmo criando obstáculos para seus poderes. A Mulher Maravilha é envenenada, Batman é tomado por nanorrobôs e o Lanterna Verde é jogado no fim do universo, só para citar alguns. Os heróis percebem que, mesmo fazendo o que fazem melhor, estão enfrentando um dos melhores planos do mal que já existiram.
Várias coisas são de surpreender, como o uso de “armaduras” inéditas dos heróis, mas o que mais me impressionou são as incríveis ilustrações feitas por Ross e Braithwaite, que fazem com que o leitor fique olhando para uma página por vários minutos, mesmo que esta não tenha nenhum diálogo.
O novo encadernado conta também com alguns extras no final, comentários de Krueger e arquivos sobre heróis e vilões na narração de Bruce Wayne – o que, além de ser a cereja do bolo, é também um guia para que os leitores conheçam mais a fundo a origem dos personagens que aparecem na história.
Justiça é uma história recomendada a qualquer fã de quadrinhos e, embora o preço não seja muito convidativo, você perceberá que a compra valeu a pena assim que olhar o encadernado em suas mãos.