Jobs nos anos 80: sexy sem ser vulgar
Antes de tudo, antes de ser gênio, antes de ser um ídolo, Steve Jobs era uma pessoa como qualquer outra. Mas ele teve visão e conseguiu fazer o impossível parecer possível.
Jobs, atualmente nos cinemas, é um filme que conta toda a trajetória do protagonista (Ashton Kutcher) desde o início, no porão de sua casa em 1976, ao auge, quando retornou à Apple em 1997. Steve montou a empresa com amigos, em especial Steve Wozniak (Josh Gad), mas depois se concentrou tanto nela que deixou de dar atenção às pessoas que mais o amavam – como sua filha Lisa, que foi rejeitada pelo pai por muitos anos.
Steve não era um gênio em matemática, não era um bom aluno e nem mesmo terminou a faculdade, mas conseguia ligar os pontos da vida. Teve aulas de caligrafia na faculdade apenas para não ser expulso e acabou usando sua habilidade em escrever para fazer as fontes do Macintosh, algo totalmente novo na época. Depois, usou de toda a sua habilidade em negócios para impulsionar a empresa quando ninguém dava nada por ela.
“Só mais algumas peças e conseguimos o sinal pra assistir That 70’s Show de graça”
Assim como tudo o que é bom acaba, Jobs foi afastado da Apple depois de desperdiçar muito dinheiro em projetos superfaturados como os computadores Lisa e Macintosh, que, apesar de serem muito bons, não agradaram o público pelo preço elevado. Tempos depois, praticamente imploraram para ele voltar, e Jobs retornou à Apple causando mudanças drásticas naquilo que parecia estar destinado à falência. É nessa época que ele põe a empresa de novo na reta e lança o iPod, o iMac, o iPhone, etc. Steve seguiu na presidência da empresa até a sua morte por câncer, em outubro de 2011.
Esse é um bom filme para quem quer saber mais sobre o inventor. Porém alguns detalhes importantes não são mencionados, como o investimento de Jobs na Pixar (é, a de Toy Story), que mudou totalmente a história das animações cinematográficas, ou suas primeiras aventuras como hacker de telefonia junto com Wozniak, na década de 70.
Steve Jobs uma vez disse: “Acreditem nos malucos. Eles são os únicos que dizem poder mudar o mundo e são os únicos que conseguem”. E é isso o que ele era: um maluco que conseguiu mudar o mundo apenas ligando os pontos.
“Odeio esse ventinho no peito… acho que vou experimentar uma gola rolê”