A série Divergente continua sua adaptação para o cinema com a sequência Insurgente, atualmente em cartaz. Essa segunda parte troca de diretor – sai o norte-americano Neil Burger e entra o alemão Robert Schwentke, que tenta impor mais ritmo à trama, focando mais o conflito principal e deixando subtramas de lado.
Sem se prender a explicações desnecessárias, o filme pressupõe que o espectador já viu Divergente (2014) e dá apenas um breve contexto da primeira parte da história. Novatos são apresentados ao básico: o mundo agora está dividido em facções e pessoas que pertencem a mais de uma (os tais “divergentes”) representam um risco para o sistema, e devem ser eliminados.
É o caso dos protagonistas Tris (Shailene Woodley) e Quatro (Theo James), que passam a ser fugitivos após os eventos do primeiro longa. Eles são caçados por Janine (Kate Winslet), líder da facção Erudição. Ela precisa abrir uma caixa que só pode ser aberta por um divergente – mais especificamente, por Tris, que possui 100% de divergência.
O filme começa morno, mas vai ficando mais empolgante e ganhando mais adrenalina. A ação predomina em quase o filme inteiro, mas também há espaço para drama e romance. Tudo está na medida certa. O filme, como um todo, forma um belo conjunto.
“Esse é meu cosplay de Tempestade em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”
Outro ponto positivo é o elenco. Shailene Wodley vem superando todas as expectativas. É uma excelente atriz e segura a onda de ser protagonista, passando a emoção e a tensão necessárias às suas cenas. O casal que ela forma com James tem uma bela química e suas cenas de amor parecem naturais.
Já a vilã, muito bem interpretada por Winslet, é um dos pontos mais fortes do filme inteiro. Existem momentos em que parece que a cena é tão real, que o espectador tem vontade de fazer algo, de se meter no meio de Tris e Janine. E Ansel Elgort, a meu ver, sempre foi um excelente ator, e neste filme, interpretando Caleb, não é diferente.
A trilha sonora também é ótima. Existem casos em que a trilha é melhor do que o próprio filme e outros em que ela é pouco impactante, mas Insurgente consegue o equilíbrio. A música é muito bem empregada e eleva o nível da obra.
“Amg esquece isso de arma, não tá vendo o Sr. Fantástico do seu lado?”
Insurgente não é o melhor filme já feito, mas também não é o tipo de longa que deixa o espectador cansado. Tem uma boa dose de ação, muitos efeitos especiais e muita adrenalina. O ponto mais fraco é seu desfecho, talvez por ser previsível para quem não leu o livro. Ou seja, o que era para ser uma surpresa acaba podendo ser facilmente deduzido a partir de um determinado momento.
Insurgente é ideal para aqueles que curtem um bom filme mesclando ficção cientifica e muitas doses de ação.