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10 ditadores que talvez você ainda não conheça

Por Redação Super
Atualizado em 21 dez 2016, 10h12 - Publicado em 17 jan 2014, 14h21

Por Luíza Antunes

É assustador pensar na quantidade de homens cruéis e loucos que já dominaram países inteiros por anos a fio. Alguns desses são conhecidos por todo mundo, seja por terem entrado para a história com as suas atrocidades, tal como Hitler ou Stalin, ou por preencherem as páginas dos noticiários, como Idi Amin e Kin Jong-Il. Fato é que existem muito mais ditadores doidos por aí do que sabemos ou lembramos. Conheça a lista de 10 ditadores que talvez você já tenha esquecido que existiram.

Jean-Bédel Bokassa

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Jean-Bédel Bokassa foi presidente da República Centro-Africana de 1966 a 1976, ano que se declarou Imperador Bokassa I. Sua cerimônia de coroação gastou um terço do tesouro nacional. Três danos depois, ele foi deposto. Bokassa foi preso e julgado por crimes como traição, assassinato, canibalismo e apropriação indébita de fundos estatais. Uma de suas histórias mais terríveis ocorreu quando ele mandou prender cerca de 180 crianças que protestaram por terem que comprar uniformes caros da fábrica de uma das esposas do imperador. Não satisfeito, ele e seus guardas mataram e torturaram várias dessas crianças – ele pessoalmente esmagou o crânio de 5 delas. Dizem que ele também comia bebês humanos.

 

Mengistu Haile Mariam

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Mengistu Haile Mariam foi ditador na Etiópia entre 1974 e 1991. Ele chegou ao poder através de um golpe militar e ficou conhecido por sua crueldade para eliminar qualquer um que ele considerasse oposição. Quando Haile Mariam deu seu discurso inaugural, anunciou a morte da revolução e de todas as pessoas ligadas ao partido de oposição – e jogou três garrafas cheias de sangue no público. Ele iniciou um massacre nas ruas do país aos rebeldes, matando milhares de pessoas. Para completar, ainda cobrava uma taxa pelo “desperdício da bala” das famílias que reclamavam o corpo de seus parentes. Cerca de 1,5 milhão de pessoas morreram durante seu governo, incluindo crianças cujos corpos eram deixados a céu aberto, para serem comidos por animais, segundo ações humanitárias que visitaram o país na época.

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Enver Hoxha

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Enver Hoxha foi ditador da Albânia de 1941 a 1985. Durante seu governo, um a cada três albaneses chegou a a cumprir pena em campos de trabalho forçado ou foi interrogado e torturado pela polícia secreta albanesa. Ele proibiu homens de usar barba e as pessoas precisavam de autorização especial para comprar bens como máquinas de escrever, carros, refrigerador e televisão. Em 1968, ele proibiu todas as pessoas da Albânia de viajar para o exterior. Nos tribunais, o réu não tinha direito à defesa e seus parentes, muitas vezes, também eram condenados à prisão ou ostracismo, chamados de “inimigos do estado”. Hoxta tinha uma relação próxima com Stalin.

 

Ne Win

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Ne Win foi ditador da Birmânia (hoje Mianmar) de 1962 a 1982. Win era muito supersticioso, por isso, mudou a  moeda corrente do país para 15, 30, 45 e 90 – seus números da sorte. Com isso, toda a população birmanesa perdeu todas suas economias. O ditador promoveu a mudança por acreditar que viveria até os 90 anos se fizesse isso. Quando ele saiu do poder, a Birmânia era um dos 10 países mais pobres do mundo. Ne Win morreu aos 91 anos, em 2002.

 

Gnassingbé Eyadéma

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Gnassingbé Eyadéma foi ditador de Togo de 1976, após promover um golpe militar, até 2005, quando morreu e foi sucedido pelo filho. Ele venceu três eleições, muito criticadas pela comunidade internacional. Veterano de guerra, Eyadéma se vangloriava por ter matado o presidente deposto pelo golpe, Sylvanus Olympio. Ele também se considerava super-herói e chegou a escrever uma história em quadrinhos retratando sua história. Ele se cercava com centenas de mulheres bonitas para cantar seus feitos.

 

Ho Chi Minh

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Ho Chi Minh foi um ditador do norte do Vietnã de 1946 a 1969. Minh é considerado herói por muitos causa da vitória na Guerra do Vietnã. Porém, durante seu governo, o país foi mantido sob grande censura, repressão e culto à personalidade do ditador. Vários intelectuais e críticos ao regime foram presos em campos de concentração. A estimativa é que cerca de um milhão de pessoas tenha sido enviadas para esses lugares. Além disso, a reforma agrária, organizada de maneira compulsória, gerou a morte por execução de mais de 100 mil pessoas. Até hoje no Vietnã textos que tenham críticas a Ho Chi-Minh são censurados e os escritores são presos.

 

Yakubu Gowon

General Gowon

Yakubu Gowon foi ditador da Nigéria entre 1966 e 1975. No período, poços de petróleo foram descobertos no delta do Rio Niger, o que gerou uma guerra entre com o região leste do território, que tinha tendências separatistas, com o objetivo de formar a República da Biafra. A guerra durou cerca de 30 meses e as ações controversas de Gowon como general resultaram na morte de mais de 1 milhão de civis. O ditador foi acusado de bombardear  áreas residenciais e missões humanitárias.

 

Pol Pot

Pot Pot And Cambodian Army In Cambodia In May, 1979

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Pol Pot foi ditador no Camboja de 1963 a 1979. Comunista, ele acreditava numa sociedade igualitário, o problema foi a maneira que ele encontrou para conseguir isso. Pot ordenou a destruição de qualquer traço de tecnologia do país e defendia uma sociedade 100% agrária. Teatros e museus de Phnom Penh, capital do país, foram transformados em chiqueiros para porcos. O trabalho no campo era forçado e exaustivo, de 4h da manhã às 10h da noite  Para comer, os camponeses recebiam uma porção de arroz a cada dois dias. O povo do Camboja perdeu acesso a educação e saúde. Cerca de 2,5 milhões de pessoas foram executadas por não seguir as regras do ditador.

 

Saparmurat Niyazov

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Saparmurat Niyazov foi ditador do Turcomenistão de 1991 a 2006, quando morreu. Niyazov era excêntrico e autoritário. Para começar, se declarou o Turkmenbashi: “Pai dos Turcomenos”. Depois, renomeou os meses do ano:  Janeiro virou Turkmenbashi e Abril se tornou Gurbansoltan, nome de sua mãe. Ruas, praças e aeroportos do país também tiveram seus nomes trocados. O ditador gastou boa parte da fortuna nacional para fazer obras faraônicas, como um lago artificial, uma floresta, um palácio de gelo e uma estação de esqui no deserto. Ele também mandou fazer uma estátua de ouro com a sua figura, em base giratória, para que o monumento sempre estivesse virado para o sol. O governante baniu do Turcomenistão rádios, música gravada, cachorros, balé, ópera, cabelo comprido e barba, jogos de computador e maquiagem.

 

Leopold II

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Leopold II era governante da Bélgica na virada do século XIX para XX. Mas os atos tirânicos de Leopold não foram em seu próprio país, mas sim em sua colônia na África. Leopold II criou num território 76 vezes maior do que a Bélgica o Estado Livre do Congo. Alí, iniciou ações tão cruéis contra os africanos que se tornaram escândalo internacional. Leopold II pode ter sido responsável pela morte de até 30 milhões de pessoas – em base de comparação, as mortes de militares das duas partes na Segunda Guerra Mundial chegaram a 25 milhões. O líder instituiu técnicas de tortura pesada, como amputação de membros. Tal prática que passou a ser copiada em rebeliões africanas recentes.

 

Imagens: : Wikimedia Commons / Getty Imagens

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