Fazer mais sexo não significa ser mais feliz, afirma pesquisa
De Thiago de Araújo, do Brasil Post
Acreditar que uma vida regada a uma dose cavalar de sexo vai te fazer mais feliz é balela. Pelo menos é o que aponta um recente estudo divulgado neste mês por pesquisadores da instituição norte-americana Carnegie Mellon University, que procurou tentar relacionar felicidade com o sexo entre casais. Os pesquisadores George Loewenstein, Tamar Krishnamurti, Jessica Kopsice Daniel McDonald instruíram 32 casais a dobrar o número de relações sexuais que eles estavam tendo, enquanto um outro grupo de 32 casais mantinha a sua frequência sexual considerada normal para cada um deles.
Semanas depois, os pesquisadores realizaram entrevistas com todos os casais envolvidos no estudo e aqueles que tinham feito mais sexo não eram os mais felizes. Em geral, a resposta desses casais era de que o aumento na frequência das relações tornou o parceiro (a) menos atraente e diminuiu o desejo sexual.
A derrubada de um ‘mito’ – ao qual os pesquisadores chamam de ‘casualidade reversa’ –, no qual estar feliz signifique estar fazendo muito sexo, ou que ser saudável tenha tudo a ver com estar feliz e tendo horas diárias de sexo, também ajuda na qualidade do sexo, na visão do pesquisador George Loewenstein. Para ele, aumentar a frequência pode ser benéfica, desde que pelas razões certas.
Segundo a pesquisadora Tamar Krishnamurti, o estudo ajuda a demonstrar o que de fato é importante para uma vida a dois, auxiliando na melhora tanto da vida sexual quanto na felicidade de cada um deles. “Ao invés de se focar no aumento da frequência da atividade sexual aos níveis do início do relacionamento, os casais devem trabalhar em gerar um ambiente que desperte os seus desejos e faça com que o sexo que fazem seja mais prazeroso”, afirmou ela ao site da universidade.