Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Oráculo

Por aquele cara de Delfos Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Ser supremo detentor de toda a sabedoria. Envie sua pergunta pelo inbox do Instagram ou para o e-mail maria.costa@abril.com.br.

Se um meteorito bater na Lua, ela pode cair na Terra igual uma bola de sinuca?

Para um objeto fazer algo a mais do que crateras na Lua, ele precisa ter um tamanho considerável – e a colisão poderia destruir o satélite.

Por Luisa Costa
Atualizado em 9 ago 2022, 13h33 - Publicado em 15 jun 2022, 10h36

Não. Para que um objeto faça algo a mais do que crateras na Lua, ele precisaria ter massa semelhante à do satélite (ou maior) – ou seja, um pouco mais do que 1% da massa terrestre, pelo menos.

Combine a massa de todos os milhões de asteroides presentes no cinturão entre Marte e Júpiter – você não chegaria à quantidade necessária. Nem Ceres, o planeta anão que está no cinturão, teria tamanho insuficiente para causar problemas: ele tem pouco mais que 30% da massa do satélite.

Há bilhões de anos, havia muito mais objetos rochosos vagando pelo Sistema Solar – e, portanto, era mais comum que grandes colisões acontecessem. Os astrônomos acreditam que a própria Lua surgiu de um evento assim, há cerca de 4,5 bilhões de anos, após um impacto maciço entre a Terra e um protoplaneta menor, chamado Theia. Com o passar do tempo, a maioria desses objetos se incorporaram aos planetas, contribuindo para sua formação.

Nosso satélite está protegido não apenas pela inexistência de objetos próximos capazes de provocar colisões catastróficas, mas também por forças gravitacionais. Em geral, colisões de asteroides com a Lua são muito menos prováveis do que colisões com a Terra, por exemplo, porque nosso planeta protege o satélite – é um alvo maior, com mais força gravitacional, que atrai objetos para si.

Então, rochas espaciais rebeldes teriam que se desvencilhar de forças gravitacionais maiores do que a da Lua para atingi-la – ou aparecer na nossa vizinhança, em primeiro lugar. Um objeto vindo dos confins do Sistema Solar, por exemplo, teria que escapar do alvo gigante que é Júpiter; um invasor de outro canto da galáxia teria que passar pela força gravitacional do próprio Sol. Tarefa difícil.

Se acontecesse, o impacto de um grande objeto com a Lua faria um estrago enorme na superfície dela, em vez de alterar sua órbita. Ele até poderia destruir o satélite, e o resultado seria material lunar caindo aos montes por aqui – não como uma bola de sinuca de dimensões astronômicas, mas como uma chuva de rochas extraterrestres.

Continua após a publicidade

Pergunta de @henriquescastro, via Instagram.

Fontes: Enos Picazzio, professor doutor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP); Nasa.

Compartilhe essa matéria via:

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.