Quem decidiu que o cabelo precisava de condicionador?
Spoiler: a própria indústria de cosméticos.
A própria indústria cosmética, quando percebeu o efeito colateral dos shampoos modernos. Para limpar bem, esses produtos usam detergentes que removem a oleosidade natural dos fios. Sem a camada de óleo, a superfície da fibra fica áspera e eletrizada: as proteínas que formam o cabelo passam a acumular cargas negativas, e fios com mesma carga se repelem. É isso que gera frizz e embaraço e dificuldade de pentear.
O condicionador foi criado como uma solução, trazendo moléculas com carga positiva. Elas neutralizam a eletricidade estática e formam um filme que substitui a lubrificação natural perdida na lavagem. Como esses produtos também são mais ácidos que o shampoo, ajudam a fechar a cutícula – a camada externa do fio – deixando o cabelo mais liso, brilhante e resistente.
O primeiro condicionador foi criado pelo perfumista francês Edouard Pinaud. Em 1900, na Exposição Universal de Paris, ele apresentou a Brilliantine, que propunha suavizar cabelos sem o peso oleoso dos métodos usados até então. Isso consolidou a ideia de que, após a limpeza, havia necessidade de um segundo passo para tratar as madeixas.
Com o tempo, esse produto foi aprimorado com ingredientes que ajudam a deixar o cabelo ainda mais macio, alinhado e protegido no dia a dia – como silicones, álcoois graxos e compostos de amônio quaternário.
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