Qual veio primeiro: o patins de rodas ou o patins de gelo?
Este Oráculo responderá à pergunta da única forma possível: com frieza (rs).

O de gelo. Sabe-se que eles são usados pelos nativos do atual território finlandês há pelo menos 3 mil anos e tinham lâminas de osso, originalmente. Se equilibrar neles era difícil, e os primeiros patinadores tinham que usar bastões para empurrar o corpo para frente.
Os patins metálicos mais antigos já encontrados pelos arqueólogos, também nas redondezas da Escandinávia, são bem mais recentes: datam de 200 antes de Cristo. A porção de metal era grudada a uma base de madeira, que por sua vez era amarrada ao sapato com cintas de couro.
Eles eram o meio de transporte ideal para percorrer pequenas distâncias em um território repleto de água, que passa uma parte razoável do ano congelada (a Finlândia, sozinha, tem 187 mil lagos). Por muito tempo, a patinação era usada basicamente para locomoção e diversão.
No século 19 surgiram as lâminas feitas totalmente de metal. Nessa época a patinação artística já estava dando seus primeiros passos. O bailarino americano Jackson Haines, considerado o pai da patinação artística moderna, introduziu técnicas de dança para o gelo em 1860. Para isso, ele colou as lâminas de gelo à bota, o que permitiu mais estabilidade e a realização de movimentos complexos.
Atualmente, existem três tipos de patins de gelo: o de patinação artística, que têm “dentes” na frente da lâmina para auxiliar os saltos e passos; o de hockey, que tem uma lâmina arredondada; e o de patinação de velocidade, cuja lâmina é totalmente reta e longa para permitir uma melhor distribuição do peso do atleta.

Em 1840, uma ópera intitulada Le Prophète se tornou o primeiro espetáculo estilo Broadway a pôr os atores-cantores para dançar em patins (a cena simulava patinação no gelo). A repercussão alçou as botas com rodinhas à moda na Europa.
Fonte: artigo “Human locomotion on ice: the evolution of ice-skating energetics through history”, de Federico Formenti e Alberto E. Minetti; texto “The Characters of Kenwood: John Joseph Merlin”, do Museu de Belas-Artes de Houston; texto “Review: grand opera makes a Comeback with Le Prophète”, no New York Times.