Por que, no Brasil, chamamos laptops de notebooks (“cadernos” em inglês)?
Não é exatamente um erro.
O termo existe também em inglês, mas caiu em desuso.
Ambos nomes surgiram na década de 1980, com o nascimento dos primeiros computadores portáteis. “Laptop” é uma variação de desktop (“computador de mesa”) em que desk (“mesa”) é trocado por lap (“colo”).
Já o nome “notebook” foi escolhido por algumas fabricantes, como a Epson, porque seus produtos eram menores e mais leves que os laptops – do tamanho de cadernos A4, basicamente. Era uma jogada de marketing para mostrar que o computador era ainda mais portátil e fácil de carregar por aí do que os de seus concorrentes.
Em teoria, os notebooks são menores e mais simples que os laptops, que, por sua vez, são mais potentes. Mas essa diferença técnica na nomenclatura só funcionou mesmo no começo do mercado; a partir dos anos 2000, com os avanços da tecnologia que permitiram mais potência concentrada em menos peso, os termos viraram praticamente sinônimos. E, hoje, “notebook” caiu em desuso nos países de língua inglesa (afinal, a palavra pode causar confusão com cadernos), enquanto, por aqui, virou o preferido dos brasileiros.