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Poderia existir um avião movido a energia nuclear,que nem um submarino ou porta-aviões?

Na teoria, sim. Na prática, não.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 jan 2022, 10h22 - Publicado em 20 jan 2022, 18h38

Um reator de fissão nuclear cabe num submarino ou num porta-aviões, que têm mais de 100 m de comprimento, mas seria grande e pesado demais para um avião.

A Marinha dos EUA, nos anos 1950, calculou que um reator compacto o suficiente para um avião liberaria 500% mais calor que o reator pioneiro do submarino USS Nautilus, de 1955, e acabaria derretendo.

Outra fonte de peso é a blindagem que protege os tripulantes da radiação – fora o risco de contaminação do solo caso o avião caísse. Hoje, sem Guerra Fria e com preocupações ambientais, não há mais interesse na tecnologia.

A autonomia dos aviões era uma questão periclitante para soviéticos e americanos no início da era nuclear. A conversa de Trump sobre os EUA comprarem a Groenlândia (que nunca se concretizou) é uma herança dessa época: a ideia era ter uma base aérea que permitisse acessar o território russo pelo Polo Norte, um atalho que permitiria aos bombardeiros atacar e voltar sem reabastecer.

Outra vantagem estratégica seria a capacidade de manter aeronaves de reconhecimento e espionagem no ar 24 horas por dia, que sequer precisariam pousar.

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Ao longo da Guerra Fria, os EUA dependeram bastante de bases em território europeu, nos países da OTAN, para manter o território soviético no alcance de seu arsenal nuclear.

Pergunta de @diego.zanchetta, via Instagram

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