Os artistas ainda ganham discos de ouro?
Sim. Mas os pré-requisitos para essas láureas precisaram se adaptar à era do streaming.
Sim. Mas foi necessário adaptar o conceito ao século 21: agora, o que conta são reproduções no Spotify e views no Youtube. O mercado de CDs, afinal, morreu com a ascensão do MP3 nos anos 2000 – e os discos de vinil, vendidos para fãs, colecionadores e entusiastas, equivale a só 8% da receita total da indústria musical nos EUA.
No Brasil, quem distribui essas láureas é a Pró-Música Brasil – nome atual da antiga Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD). Para ganhar um disco de Ouro, um álbum ou single precisam contar 20 milhões de streams em todas as plataformas online somadas (Spotify, YouTube, Deezer etc). Já o disco de Platina pede 40 milhões de streams, e o disco de Diamante, 150 milhões de streams.
Uma curiosidade é que os discos de ouro nunca foram, realmente, de ouro. A tradição original era presentear o artista com a matriz (o “molde”) usado para prensar os vinis, que era feito de níquel. Você pode conhecer melhor essa história no canal do produtor Felipe Vassão no YouTube, aqui.
O níquel é prateado e precisava de um tapinha cosmético para ficar dourado. Só verniz ou tinta, mesmo: em geral, o revestimento não era de ouro de verdade (houve discos banhados a ouro, mas esses eram mais raros).
Dos anos 1990 em diante, as vendas de vinis desabaram por causa da ascenção dos CDs e muitos hits sequer foram lançados nesse formato. Na ausência de matrizes, os caras só pintavam um vinil qualquer.
Fonte: Pró-Música Brasil.
Pergunta de @jukagoulart, via Instagram.