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Existe solução cientificamente comprovada contra soluços?

Mais ou menos: até existem medicamentos usados contra casos crônicos do problema, mas não há grandes estudos.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
12 jan 2025, 18h00

Mais ou menos. O único fármaco aprovado contra soluços pela FDA (a agência americana equivalente à Anvisa) é a clorpromazina – sintetizada em 1950 e usado comumente como estabilizador do sistema nervoso central em pessoas esquizofrênicas. 

Mesmo esse medicamento, porém, não passou por testes clínicos padrão-ouro para essa aplicação específica: sua indicação para soluços é anedótica, baseada em relatos de caso (que narram o desfecho de um paciente só) e experimentos com números pequenos de participantes, sem representatividade estatística. 

Uma revisão da literatura especializada publicada em 2015 encontrou 15 estudos sobre soluço com 341 voluntários ao todo – o que dá apenas algumas dezenas de pessoas por estudo, em média.

Dentre esses artigos, os mais corretos do ponto de vista metodológico testaram as drogas metoclopramida (o Plasil) e baclofen, e tiveram resultados promissores, ainda que com amostras pequenas – de 36 e 30 pessoas, respectivamente. 

Um outro fármaco comum para esse fim é o sedativo psicomotor haloperidol, que combate espamos musculares, vômitos e outros problemas que tenham a ver com contração involuntária dos músculos e agitação. 

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Vale lembrar que haloperidol, clorpromazina e várias outras drogas mencionadas aqui são de uso psiquiátrico, têm venda controlada e podem gerar efeitos colaterais potencialmente sérios – elas só entram em ação com indicação médica em episódios crônicos de soluço, que duram horas ou até dias. Nada disso aqui deve ser usado contra soluços cotidianos.

Tampouco existem bons experimentos testando curas populares comuns, como respirar dentro de um saco, comer pasta de amendoim, inalar pimenta para espirrar ou beber água de ponta-cabeça. É provável que essas técnicas funcionem pontualmente, já que todas vão estimular de alguma forma nervos associados à deglutição, respiração e outras funções dos sistemas respiratório e digestório – mas não há garantia. 

Fontes: artigos “Managing hiccups”, por Cornelius J. Woelk e “Systemic review: the pathogenesis and pharmacological treatment of hiccups”, por M. Steger e outros.

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