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Eu sou gêmeo. Qual a chance de que meus filhos também sejam?

Depende se você e seu irmão são gêmeos idênticos ou não. Entenda.

Por Luisa Costa
20 out 2022, 14h57

Vamos falar primeiro de gêmeos idênticos. Se você tem um irmão ou irmã que é o seu espelho, sua chance de colocar mais gêmeos univitelinos no mundo é… A mesma de qualquer outra pessoa. Estima-se que uma a cada 250 gestações resulte em univitelinos, aqueles que compartilham 100% do DNA.

Eles surgem quando um zigoto (a célula primordial, formada pela união de um espermatozóide com um óvulo) “decide” dividir-se em dois, gerando um par de embriões idênticos. Mas não há componente genético que determine tal decisão. Logo, a chance é a mesma para todo mundo.

Já o caso dos gêmeos bivitelinos, que compartilham só 50% do DNA, é diferente. Existe, sim, genética na jogada. De acordo com Amos Grunebaum, professor de ginecologia e obstetrícia da Zucker School of Medicine, nos EUA, a chance de qualquer pessoa ter gêmeos no geral é de 1 em 85 (lembrando que a de univitelinos segue três vezes mais rara, nos 1 em 250). Bom, entre mulheres que são elas próprias gêmeas bivitelinas, essa probabilidade sobe para razoáveis 1 em cada 17.

A genética entra aí por causa do seguinte. Gêmeos bivitelinos surgem a partir de uma dupla fecundação – na qual dois espermatozoides encontram dois óvulos. Assim surgem dois zigotos, que dão origem a dois embriões distintos. 

Quem favorece a dupla-fecundação (ou tripla, ou quádrupla…) é a hiperovulação, a tendência de uma mulher liberar óvulos numa quantidade superior à normal. Com tanto óvulo dando sopa, a probabilidade de gêmeos bivitelinos cresce. E a tendência à hiperovulação não é aleatória. É genética.

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Pergunta de Luiza Marques, Belém, PA.

Fontes: “Multiple Pregnancy and Birth: A Guide for Patients”, da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva; Amos Grunebaum, professor de ginecologia e obstetrícia da Zucker School of Medicine, nos EUA.

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