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As pessoas passavam um tempo conscientes após serem guilhotinadas?

Dizem que Ana Bolena tentou falar após ser decapitada. Será que é verdade?

Por Maria Clara Rossini
26 dez 2024, 12h00

Não sabemos. Um estudo de 2023 que avaliou evidências históricas e científicas sobre esse tema concluiu que a perda de consciência provavelmente ocorre pouquíssimos segundos após a decapitação.

Há relatos anedóticos de pessoas aparentemente conscientes após serem guilhotinadas ou decapitadas com machados, mas essas são lendas urbanas. Conta-se, por exemplo, que Ana Bolena, que foi rainha consorte da Inglaterra entre 1533 e 1536, supostamente teria mexido a boca na tentativa de expressar suas últimas palavras. Já Charlotte Corday, uma aristocrata morta na Revolução Francesa, teria feito caretas após receber tapas na sua cabeça cortada. 

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Essas histórias muito provavelmente não passam de lendas. “Os rumores que circularam pelo imaginário europeu durante o Terror da Revolução Francesa parecem ser só isso – lendas urbanas curiosas que assustavam e aterrorizavam o público”, escreve o autor.

Em um estudo de 2014, pesquisadores da Nova Zelândia sedaram camundongos e usaram eletroencefalogramas para monitorá-los enquanto eram guilhotinados. Eles observaram atividade cerebral até 15 segundos após o golpe, mas isso não significa que os animais permaneciam conscientes durante esse tempo (afinal, você gera uma atividade elétrica detectável quando está dormindo ou anestesiado).

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Outros estudos consideram a decapitação um método rápido e indolor de eutanásia para animais de laboratório. (A guilhotina, inclusive, foi desenvolvida na França como um método mais humanitário de execução, que envolvia menos sofrimento).

O professor Cláudio Queiroz, do Instituto do Cérebro da Universidade do Rio Grande do Norte, diz que provavelmente nunca saberemos a resposta verdadeiramente. Mas ele dá um palpite sobre o que pode acontecer após a decapitação:

“Considero que imediatamente após o impacto, dois processos acontecem. O primeiro é uma resposta neural, de centésimos de segundo, que seria percebida pelo sujeito decapitado como um grande choque [minha especulação], sendo provavelmente a última experiência consciente. O segundo fenômeno, entre 1 e 3 segundos, seria uma redução abrupta da pressão arterial, que levaria a perda da consciência [como observamos na síncope]”.

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