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Jornalista digital brasileiro não tem mais cara de bandido

Por Fred Di Giacomo
Atualizado em 20 ago 2024, 11h33 - Publicado em 26 mar 2013, 21h33

Quando eu era moleque, gostava de imaginar como seria minha banda de rock perfeita. Ficava pensando qual seria o melhor baixista (Flea, claro), o melhor vocalista, o batera mais virtuose e o guitar hero que comporiam  essa “superbanda” perfeita. (Tudo bem que já fizeram isso na vida real, chamava Beatles :-P). Muitos amigos menos nerds faziam o mesmo com seleções de futebol:  inventavam equipes com Maradona, Pelé e Cruijff  jogando do mesmo lado.

Núcleo Jovem Digital: a equipe que cuida dos sites e das redes sociais da Superinteressante, do Guia do Estudante, da Mundo Estranho e da Recreio

Hoje, formado em jornalismo, eu não brinco mais de montar “superbandas”, mas tento recuperar aquele espírito para formar as equipes que lidero (e liderei) na Editora Abril. E quando recebo notícias de que dois de nossos trabalhos (“Brasil em números” do Guia do Estudante/Almanaque Abril e “República Imigrante do Brasil” da SUPERINTERESSANTE) são finalistas no prestigiado prêmio internacional SPD (Society of Publication Designers) e que outros 6 de nossos projetos estão entre os 16 finalistas do “Prêmio Abril de Jornalismo” nas categorias digitais,  eu gosto de pensar que as 14 pessoas do Núcleo Jovem & Infantil Digital são esse “supertime“.

Jornalista digital tinha cara de bandido.

Por mais que a internet seja um fenômeno da segunda metade dos anos 90 (do século XX), quando eu cheguei na Editora Abril, em 2006, ainda se tinha a impressão de que “jornalista digital brasileiro tinha cara de bandido“. Exagero? Bem, entre no meu DeLorean, volte pro passado comigo e imagine o seguinte cenário: suas tias e avós viviam te peguntando se você não ia trabalhar na TV igual o William Bonner, seu pai ficaria feliz se você virasse um respeitável articulista de jornal impresso e nós mesmos, jovens jornalistas, vínhamos para Editora Abril loucos para fazer revista.

Bytes e bits se passaram e, em 2008, eu entrei para a pequena e brava equipe digital do Núcleo Jovem, na época liderada pelo Rafael Kenski, um jornalista visionário que tinha criado os primeiros ARGS do Brasil e estava desenvolvendo um newsgame (jogo jornalístico) pioneiro chamado “CSI: Ciência Contra o Crime“. Naquele ano, a equipe ganhou uma medalha de prata no Malofiej (o Oscar da infografia) e teve uma indicação para o “Prêmio Abril de Jornalismo”. Com o passar  do tempo, conseguimos ampliar nosso espaço e reconhecimento. Mais que isso, começamos a criar uma linguagem digital própria, um jornalismo online que não copiava e colava só matérias do impresso, que não procurava só repetir fórmulas do passado que buscava inventar usa linguagem. E procurávamos fazer isso em sinergia com os times das revistas e não contra eles. Quanto mais integrado e 360º um conteúdo pudesse ser, melhor.

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Os prêmios nessa história toda não são um fim, mas um meio de medir a qualidade do seu trabalho – um termômetro.  Num mundo onde a quantidade de cliques de uma matéria (contados em tempo real) indica sua relevância, a gente fica muito refém do que o cara quer ler na hora (o flagra de famosos, o vídeo engraçado, o resultado do futebol) e não do que pode ser inovador, do que pode trazer um benefício a longo prazo ou do que pode ser, simplesmente, uma boa história. (Por isso, amiguinhos, lembrem quando criticarem as “homes/capas” dos portais de notícias cheias de bundas e BBBs que são seus cliques que estão mantendo elas lá).

A equipe digital do Núcleo Jovem era como a pequena e brava aldeia gaulesa de Asterix

E quem são os responsáveis por tudo isso?
Bom, quem rala para entregar o conteúdo digital mais inovador e interessante todos os dias para vocês são os rostinhos que estampam o começo desse post. Essa equipe não cuida só do site e das redes sociais da SUPERINTERESSANTE, mas também dos projetos digitais das marcas Mundo Estranho, Guia do Estudante e Recreio.  A Mariana Nadai, editora-assistente, contribui com seu idealismo e liderança aliada à maquina de fazer posts geniais composta pela dupla geek Otavio Cohen e Carolina Vilaverde – os responsáveis pelo que vocês lêem aqui no site da SUPER. A eles se junta a criativa e antenada Ana Prado – responsável pelo blog “Como as pessoas funcionam” e também pela reportagem do site do Guia do Estudante, onde trabalha com a Carolina Vellei, uma apaixonada pelo poder transformador da educação na vida dos nossos internautas.

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Todos nossos jornalistas pensam em redes sociais 24 horas, mas a Lorena Dana é responsável por checar e atender TODAS interações do nosso público no Facebook e, ainda, por traçar estratégias para nossas marcas. Os belos infográficos e os jogos informativos que desenvolvemos passam pelas mãos do nosso time de designers: Alexandre Nacari que acaba de chegar para substituir o talentoso Daniel Apolinario na tarefa de coordenar o belo trabalho da Juliana Moreira (uma ninja do CSS e do acabamento detalhista) e a idealista e pró-ativa Laura Rittmeister. O código dos nossos sites fica nas mãos do Thiago Moura, um programador que vê o mundo além da Matrix. E o time ainda tem a ginga carioca do Felipe Thiroux, responsável pelos desenhos animados da Recreio e animações da capa da versão de iPad da SUPER, a pilhada Ludmilla Balduino que toca o vibrante site da Recreio e nosso estagiário Vinicius Giba que recheou a home do site da Mundo Estranho de gisf animados que contam histórias.

Ufa! É muita gente, mas o talento deles merece ser destacado. Porque é essa “superbanda” de jornalismo online que tem me ajudado a acreditar que hoje em dia,  jornalista digital brasileiro já não tem cara de bandido. Tem cara de jornalista mesmo :-)

 

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