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Camboja construirá banheiro para visita de princesa tailandesa – e o destruirá depois

Por Lucas Massao
Atualizado em 4 set 2024, 11h31 - Publicado em 24 fev 2016, 12h27

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A visita da princesa tailandesa Maha Chakri Sirindhorn foi motivo de turbulência social no Camboja. Para acomodar bem a nobre, o governo tailandês construiu um banheiro de 8 metros quadrados às margens do lago Yeak Laom, na província de Ratanakkiri, uma das mais pobres do país.

O lavabo, decorado com maçanetas de prata e degraus de marfim, levou 19 dias para ser concluído e teve um custo estimado, incluindo trabalhadores e materiais nessa conta, de 40 mil dólares. Curiosamente, a estrutura só recebera a Princesa durante a sua primeira, de três noites, no Camboja. Após a passagem da realeza, o local será destruído.

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Em uma entrevista ao jornal local, um gerente da SCG, empresa responsável pelo “banheiro real”, explicou os motivos da demolição e justificou os gastos em algo que só será usado uma vez. “Se você tem um rei, bem, as pessoas não pode usar um banheiro de um rei”.

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Para evitar que a população local se rebelasse contra a medida, o governo do Camboja ameaçou retirar a licença da reserva natural na região das mãos da comunidade de Ratanakkiri. De acordo com Channy Or, diretor da equipe de desenvolvimento rural do Camboja, o dinheiro poderia ter sido usado de uma maneira mais eficiente. “Eles poderiam ter gasto mil ou dois mil dólares em um bom banheiro e distribuído o resto para a comunidade. O banheiro de Sirindhorn custa 130 vezes mais que os do vilarejo”.

A atitude do governo tailandês, no entanto, faz parte de um esforço de propaganda que vem sendo executado há décadas. O jornalista e autor do livro “Tailândia – Um Reino em Crise” Andrew Marshall desaprova veemente a atitude. “Isso foi um insulto à comunidade cambojana, que possui acesso limitado a medidas sanitárias modernas. Milhares de vilarejos poderiam ter recebido banheiros novos com esse dinheiro”.

Com The Independent

 

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