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Ciência Maluca

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Dá para identificar depressão analisando filtros do Instagram?

Por Tiago Jokura Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 set 2024, 15h10 - Publicado em 23 ago 2017, 16h22

A maneira como alguém enxerga – e expõe – a vida pode dar sinais importantes sobre o que se passa na intimidade dela – coisas que talvez a própria pessoa tem dificuldades para identificar.

A mais nova chancela científica para isso vem de Harvard. Pesquisadores da universidade espiaram o Instagram de 166 pessoas divididas em dois grupos: um deles composto por usuários diagnosticados com depressão. Após analisarem quase 44 mil fotos, identificaram padrões entre os depressivos:

– Fotos mais cinzentas, escuras e azuladas;

– Postagens mais frequentes*;

– Mais fotos sem filtros*;

– Mais fotos com rostos*;

– Posts mais comentados e menos curtidos*;

– Preferência pelo filtro Inkwell (um dos preto-e-branco disponíveis no Instagram).

(*sempre em comparação ao grupo de não depressivos)

Os pesquisadores acreditam que, apesar de ter uma base de dados pequena, esse tipo de observação pode evoluir a ponto de oferecer um bom serviço de saúde mental em localidades com poucos recursos. O argumento é o seguinte: em países onde os serviços de saúde mental têm pouco investimento ou sequer são disponíveis, essa estratégia de avaliar o paciente pelas redes sociais – com consentimento, claro – pode abrir caminhos para viabilizar diagnósticos e tratamentos.

Ah, nota importante: entre os não diagnosticados com depressão, o filtro preferido foi o Valencia.

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