Apple mostra iPhone 16, com novo botão lateral e recursos de IA
Smartphone ganha botão/sensor para controlar a câmera e versão beta da plataforma Apple Intelligence; veja novidades de evento da empresa
Acabou de terminar a apresentação da Apple, transmitida da sede da empresa na Califórnia. O evento começou com o Apple Watch Series 10, um pouco mais fino (9,7 mm, 10% a menos) e com tela ligeiramente maior do que o antecessor.
O Series 10 tem um novo processador, o S10, com quatro núcleos dedicados a tarefas de IA. Ele roda o watchOS 11, com algumas funções novas – entre elas, detectar se o usuário tem apneia do sono. O relógio será fabricado em três cores (prata, preto e rose gold) e também terá uma versão de titânio, 20% mais leve. Vai custar a partir de US$ 399. No Brasil, R$ 5.499.
A Apple também mostrou o Apple Watch Ultra 2, com design levemente modificado: ele terá versões na cor prata ou preta, com pulseira de titânio, a partir de US$ 799. No Brasil, R$ 10.499.
Em seguida foi a vez dos AirPods, com quatro novos modelos. Primeiro os AirPods 4, que vêm com o novo chip H2 e permitem interagir com a assistente de IA Siri simplesmente balançando a cabeça (você faz “sim” com a cabeça para aceitar uma ligação telefônica, por exemplo).
Os AirPods 4 com cancelamento de ruído são um modelo intermediário, com noise canceling e alguns truques: se você começar a falar com alguém, por exemplo, eles detectam e abaixam automaticamente o volume da música. Os AirPods 4 vão custar US$ 129 (R$ 1.499 no Brasil); a versão com cancelamento de ruído, US$ 179 (R$ 1.999 por aqui).
Os AirPods Max ganharam novas cores e conector USB-C. US$ 549; no Brasil, R$ 6.590. Fechando a parte de fones de ouvido, a Apple apresentou os AirPods Pro 2: além de noise canceling melhorado, eles têm uma função que promete proteger os ouvidos do usuário (os fones podem ser usados como atenuador dos sons ambientes durante um show de música, por exemplo) e um teste que mede a audição. Também funcionam como aparelho auditivo, amplificando as frequências do ambiente que o usuário não ouve bem. R$ 2.599.
Como esperado, a Apple apresentou o iPhone 16 – o primeiro projetado para a Apple Intelligence, a plataforma de IA da empresa. Ele tem novas cores e tela recoberta por uma camada de cerâmica – segundo a empresa, 2x mais resistente que o vidro usado nos outros smartphones. Outra novidade está no Camera Control, um botão/sensor na lateral direita do iPhone 16, que serve para tirar fotos, mexer no zoom e em ajustes da câmera (veja abaixo).
O iPhone 16 vem com o novo processador A18, que é fabricado no processo de 3 nanômetros e, segundo a Apple, até 30% mais rápido que a CPU do iPhone 15 – consumindo menos energia. O iPhone 16 terá duas versões, com tela de 6,1 e 6,7 polegadas. Os preços começam em US$ 799 e US$ 899 (em ambos os casos, para 128 GB de armazenamento). No Brasil, os preços começam em R$ 7.799 e R$ 9.499.
Depois do iPhone 16, houve uma apresentação de alguns minutos sobre a plataforma de IA Apple Intelligence. Ela permite gerar textos (como mensagens e rascunhos de emails) e imagens. São coisas que já é possível fazer online, em plataformas como o ChatGPT e o Gemini – só que integradas ao iOS, o que torna seu uso mais conveniente e seguro (segundo a Apple, os dados são processados no próprio iPhone, ou em uma “nuvem privada” mantida nos datacenters da empresa).
A plataforma de IA da Apple é o cérebro da nova versão da assistente Siri, que será “capaz de executar centenas de novas ações nos seus aplicativos”. Segundo a Apple, ela poderá fazer coisas como lembrar você daquela série que algum amigo recomendou, mas você acabou não assistindo – a IA faria isso cruzando dados de mensagens, calendário e app de streaming. A Apple Intelligence também saberá priorizar ou silenciar notificações e mensagens, aprendendo sozinha quais são as mais importantes.
Esse tipo de algoritmo, integrado ao sistema operacional e capaz de analisar e combinar dados de vários apps, é a grande promessa da próxima geração de IAs. A conferir.
A Apple Intelligence será lançada, em versão beta e apenas em inglês, em outubro. No ano que vem, será estendida para chinês, francês, japonês e espanhol (a Apple não mencionou o português).
Fechando o evento, o iPhone 16 Pro. Ele terá duas versões, com tela de 6,3 e 6,9 polegadas (Pro Max) e corpo de titânio, com quatro opções de cor. Traz um novo processador, o A18 Pro, com 6 núcleos “gerais” e 16 dedicados ao processamento de IA. Tem três câmeras, duas delas com resolução de 48 megapixels (a terceira, com zoom de 5x, tem 12 megapixels). Elas filmam em resolução 4K, a até 120 quadros por segundo – para fazer efeitos de slow motion.
O iPhone 16 Pro também ganhou o botão/sensor lateral para controlar a câmera. Ele irá custar a partir de US$ 999 (iPhone 16 Pro, 128 GB) e US$ 1199 (16 Pro Max, 256 GB). No Brasil, R$ 10.499 e R$ 12.499.