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Uma das galáxias mais próximas da Via Láctea pode estar se despedaçando

A Pequena Nuvem de Magalhães está "se desfazendo" por conta da atração gravitacional de sua irmã mais velha, a Grande Nuvem de Magalhães, revelou estudo.

Por Eduardo Lima
11 abr 2025, 16h00

Na “vizinhança” da Via Láctea, que astrônomos chamam de Grupo Local, conta com mais de 50 galáxias. A maior delas é Andrômeda, a 2,54 milhões de anos-luz da Terra, mas várias galáxias anãs ficam mais perto. Uma delas é a Pequena Nuvem de Magalhães (PNM), a “só” 200 mil anos-luz da gente. Agora, cientistas descobriram que essa vizinha próxima pode estar se despedaçando.

A culpa dessa possível catástrofe-em-progresso é da irmã mais velha da PNM, a Grande Nuvem de Magalhães (GNM). Apesar de grande – a quarta maior do Grupo Local – ela também geralmente é classificada como galáxia anã. Sua atração gravitacional pode estar despedaçando a PNM, de acordo com um novo padrão de movimento observado nas galáxias por astrônomos japoneses.

Os cientistas da Universidade de Nagoya, no Japão, detectaram mudanças na velocidade e na direção do movimento das estrelas da Pequena Nuvem de Magalhães, que pode ser vista a olho nu do Hemisfério Sul. Quando receberam os resultados, eles acharam que se tratava de um erro de medição. Depois de testes e mais testes, porém. não tinha como negar os padrões bizarros de movimento.

As descobertas sobre a Pequena Nuvem de Magalhães foram publicadas no periódico The Astrophysical Journal Supplement Series. Como a vizinha está tão perto – em termos cósmicos, claro – da Terra, os astrônomos japoneses conseguiram identificar e rastrear o movimento de cerca de 7.000 estrelas gigantes dentro da galáxia anã.

Exemplo do passado

As estrelas gigantes têm cerca de oito vezes mais do que a massa do Sol. Elas têm uma expectativa de vida bem menor do que os astros comuns: só vivem alguns milhões de anos até explodirem em supernovas. A presença delas indica que as regiões são cheias de hidrogênio, elemento essencial para a formação de novas estrelas.

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Na Pequena Nuvem de Magalhães, as estrelas estão divididas em grupos que se movem em direções opostas da galáxia, como se estivessem sendo puxadas em sentidos distintos. É isso que mostra essa representação computadorizada das estrelas abaixo. Cada cor representa uma direção de movimento diferente – as vermelhas estão sendo atraídas pela Grande Nuvem de Magalhães:

Fotografia das cores das setas representam a direção do movimento. Em relação à LMC, localizada no canto inferior esquerdo da imagem, a maioria das setas vermelhas indica movimento em direção à LMC, enquanto a maioria das setas azuis claras indica movimento de afastamento da LMC, sugerindo que estão sendo afastadas.
(Satoya Nakano/Reprodução)
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Essas estrelas gigantes também apresentam uma curiosa ausência de rotação das estrelas e do gás interestelar que as formou. Como ela aparentemente não está rodando, estimativas anteriores sobre a Pequena Nuvem de Magalhães precisam ser revistas, especialmente no que diz respeito à interação das Nuvens de Magalhães com a Via Láctea.

Por causa das características específicas da Pequena Nuvem de Magalhães, ela pode ser um modelo ideal para estudar o que acontecia nas galáxias na infância do universo. Por isso, os cientistas imaginam que o que está acontecendo entre o par de galáxias pode ser um exemplo dos processos de criação e destruição de galáxias há bilhões de anos.

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