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Último ancestral comum dos seres vivos pode ter surgido antes do que imaginávamos

Estudo afirma que o último ancestral comum de todos os seres vivos pode ter vivido há 4,2 bilhões de anos, com muito mais complexidade do que se acreditava. Mas nem todos os cientistas concordam com isso.

Por Eduardo Lima
16 jul 2024, 12h00

Um organismo vivo serviu de ancestral em comum para todas as formas de vida presentes na Terra. Agora, cientistas descobriram que ele evoluiu muito antes do que se imaginava, algumas centenas de milhões de anos depois da formação do planeta.

Além disso, pelo jeito o LUCA – apelido carinhoso que vem de last universal common ancestor, último ancestral comum universal – era mais sofisticado e complexo do que os cientistas pensavam que ele seria.

O DNA de todos os seres vivos, desde bactérias até seres humanos e baleias azuis, tem muitas semelhanças, sugerindo a existência desse parente em comum que une todas as formas de vida em uma grande família.

Essa pesquisa, publicada na Nature Ecology & Evolution, juntou cientistas de áreas diferentes para tentar ter uma compreensão mais holística do LUCA.

Os genes em comum encontrados em todos os seres vivos podem ter sido passados diretamente desde o último ancestral comum universal. Então, é só identificar eles, analisar como eles mudaram e estimar a idade do LUCA, né? Sim, mas não é tão fácil quanto parece.

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4,2 bilhões de anos atrás (ou não)

Durante a história evolutiva, genes foram perdidos, ganhados e trocados entre diferentes linhas de seres vivos, dificultando rastrear a origem de tudo. Então, um modelo complexo criado pelos cientistas leva isso em conta para identificar os genes presentes no LUCA, descobrindo um organismo mais complexo do que eles imaginavam.

2600 genes de codificação de proteínas podem ser rastreados diretamente ao último ancestral em comum de todos os seres vivos. Algumas estimativas anteriores imaginaram que só haveriam 80 genes.

A nova pesquisa também concluiu que é provável que o organismo tenha aparecido há 4,2 bilhões de anos, bem perto – no grande esquema das coisas – à formação da Terra, 4,5 bilhões de anos atrás.

Esse novo cálculo de idade surgiu por causa do novo modelo científico e também porque os pesquisadores não assumiram que o último ancestral comum só poderia ter surgido após o intenso bombardeio tardio, quando, há 3,8 bilhões de anos, a Terra foi atingida por tantos meteoritos que toda a vida no planeta possivelmente foi extinta. Por causa da incerteza dessa datação, os cientistas não consideraram essa ocorrência.

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O último ancestral comum universal tinha genes para se proteger do dano da radiação ultravioleta. Por causa disso, é provável que ele vivia na superfície do oceano. Alguns outros genes encontrados pelo time de cientistas sugerem que ele se alimentava de hidrogênio.

Uma das descobertas mais fascinantes sobre o LUCA é que ele já tinha uma versão primitiva do sistema de defesa das bactérias conhecido como CRISPR, já lutando contra vírus há 4,2 milhões de anos.

Nem todo mundo concorda com os achados do estudo. Para o cientista que cunhou a sigla LUCA, Patrick Forterre, em entrevista à New Scientist, a ideia de que nosso ancestral em comum estaria vivo antes do intenso bombardeamento tardio é completamente “irrealista”.

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