Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Teríamos 30 minutos para nos preparar antes de uma tempestade solar, segundo a NASA

E acredite, ainda estamos no lucro: a agência espacial desenvolveu um modelo de alerta usando IA, para que os humanos tenham tempo de proteger sistemas de energia e telecomunicações

Por Maria Clara Rossini
16 Maio 2023, 17h04

No dia 13 de março de 1989, Quebec sofreu um apagão elétrico. Diferente dos apagões que rolam por chuvas fortes ou falhas no abastecimento de energia, naquele dia a província canadense ficou sem luz graças a uma tempestade solar. Nova York, que não fica muito longe da fronteira com o Canadá, também enfrentou problemas de energia.

Por sorte, os danos logo foram revertidos – mas nem sempre esse é o caso. Uma das maiores tempestades solares já registadas ocorreu em 1859, e ficou conhecida como Evento Carrington. Estima-se que, se algo daquela magnitude ocorresse hoje, sistemas de energia e telecomunicações do mundo todo seriam danificados, causando estragos gravíssimos à humanidade.

Pesquisadores estão cientes disso, mas infelizmente não há nada que se possa fazer para evitar uma tempestade solar. Também chamada “tempestade geomagnética”, ela ocorre quando o Sol emite radiação e partículas eletricamente carregadas tão fortes que elas acabam atingindo a Terra. Elas podem causar apenas perturbações no campo eletromagnético de algumas regiões, ou danos mais graves.

Bom, o que dá para fazer é pelo menos se preparar para elas. O Frontier Development Lab (parceria entre a NASA, Serviço Geológico americano e Departamento de Energia dos EUA) desenvolveu um modelo de inteligência artificial que permite prever quais locais uma tempestade solar pode atingir com meia hora de antecedência. Nesse tempo, seria possível minimizar impactos na rede elétrica e em outras infraestruturas.

O modelo chamado DAGGER utiliza dados de satélites como ​​ACE, Wind, IMP-8 e Geotail. Esses instrumentos medem a intensidade dos ventos solares e das tais partículas carregadas. Então, esses dados são comparados com as informações de bases terrestres que já detectaram perturbações geomagnéticas no passado. Assim, dá para fazer uma correlação entre as tempestades solares e os danos que elas causaram na Terra.

Continua após a publicidade

Modelos anteriores só conseguiam fazer a previsão para locais específicos da Terra, e também não eram tão rápidos. Esse é o primeiro modelo de previsão de tempestades solares que combina inteligência artificial com dados em tempo real, sendo atualizado a cada minuto.

O DAGGER possui código aberto, o que significa que ele pode ser adotado por usinas elétricas locais, bases de controle de satélites e empresas de telecomunicações. O modelo poderia funcionar de forma semelhante a um alerta de tornado – só que de tempestades geomagnéticas. Daí, pessoas que trabalham com essas infraestruturas poderiam proteger os equipamentos, deixando alguns sistemas offline temporariamente ou movendo satélites para outra órbita.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.