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Sexo, drogas e rock ‘n’ roll: os fatores que podem atrair picadas de mosquitos

Novo estudo sugere que esses insetos costumam mirar em quem bebeu cerveja e fez sexo recentemente. Entenda.

Por Manuela Mourão
Atualizado em 16 set 2025, 11h57 - Publicado em 13 set 2025, 16h00

Em vários estados do Brasil, as temperaturas voltaram a subir nas últimas semanas. Os sinais da temporada de calor começam a serem sentidos seja pelo suor, as blusas de frio já no fundo do armário ou aquele barulhinho de “zzz” que você escuta ao colocar a cabeça no travesseiro. É um sinal conhecido da presença de um mosquito. 

Não é novidade que os mosquitos preferem mais algumas pessoas do que outras – embora ninguém saiba exatamente quais fatores guiam a escolha. Agora, um novo estudo parece confirmar uma antiga teoria inusitada: pessoas que consumiram cerveja e a praticaram sexo recentemente atraem mais mosquitos.

A ideia da cerveja foi relatada pela primeira vez em 2010, em um estudo publicado na revista PLOS One. 15 anos depois, um novo estudo, que ainda está em revisão antes de sua publicação, confirma a teoria: a cerveja torna humanos mais saborosos para os insetos, e aqueles que combinaram a bebida com sexo se tornaram o banquete dos sonhos dos mosquitinhos.

Desenvolvido por cientistas da Radboud University Nijmegen, na Holanda, o pré-print está disponível no servidor bioRxiv

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A descoberta surgiu em um cenário improvável: um festival de música ao ar livre. Em 2023, durante o Lowlands, um dos maiores eventos culturais dos Países Baixos, cerca de 500 voluntários se submeteram ao que os cientistas batizaram de “Mosquito Magnet Trial” (Teste de ímã para mosquitos). 

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Dentro de contêineres adaptados como laboratórios, os participantes responderam a questionários sobre seus hábitos de higiene, dieta e estilo de vida, antes de oferecerem seus braços a um dispositivo cheio de mosquitos famintos do gênero Anopheles, conhecidos como mosquitos-prego no Brasil.

Os insetos, no entanto, nunca chegaram a picar os voluntários: os pesquisadores desenvolveram uma caixa especial que permitia aos mosquitos sentir o cheiro da pele sem perfurá-la. O comportamento dos insetos foi registrado e comparado a uma solução açucarada oferecida em paralelo. 

Os resultados, segundo o biólogo Felix Hol, líder da pesquisa, revelaram um padrão: braços de participantes que haviam bebido cerveja e tido relações sexuais na noite anterior eram 1,35 vezes mais atraentes do que os de colegas abstinentes (do sexo e da breja).

Em contrapartida, medidas simples de higiene, como lavar a pele recentemente ou aplicar protetor solar, reduziram a atenção dos mosquitos.

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Apesar de se tratar do maior estudo já realizado nesse formato, os próprios autores reconhecem limitações. O ambiente de um festival, repleto de estímulos externos, dificilmente reproduz condições controladas de laboratório. Mais investigações serão necessárias para confirmar os achados.

Ainda assim, as implicações são relevantes. Mosquitos transmitem doenças como dengue, Zika e malária, responsáveis por cerca de 2,7 milhões de mortes anuais, segundo estimativas globais. Qualquer pista sobre os fatores que modulam a atração dos insetos pode auxiliar em estratégias de prevenção.

“Eles parecem ter um gosto especial por quem evita protetor solar, bebe cerveja e divide a cama”, escreveram os pesquisadores em um tom irônico no relatório preliminar. “Em outras palavras, eles preferem os hedonistas entre nós.”

Seja coincidência ou padrão biológico, os cientistas destacam que aplicar protetor solar continua sendo uma recomendação essencial. Reduzir o consumo de álcool também traz benefícios comprovados para a saúde. E quanto ao terceiro fator, dizem, esse já vem certificado pela ciência como positivo  desde que seja consensual.

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O que faz com que mosquitos piquem mais algumas pessoas?

Estudos anteriores mostram que os mosquitos são atraídos por uma combinação de fatores ligados à fisiologia, química corporal e até ao comportamento humano. Pessoas com sangue tipo O, que exalam mais dióxido de carbono (como após exercícios ou durante a gravidez) e que têm temperatura corporal elevada tendem a ser mais visadas. Substâncias presentes no suor, como ácido lático e amônia, bem como a composição e diversidade das bactérias na pele  especialmente nos pés e tornozelos  também influenciam. 

Certos compostos no suor podem estimular ou inibir mordidas. Além disso, mosquitos são atraídos por cores de roupas como preto, vermelho, laranja e ciano, e fatores genéticos individuais têm papel central nessa variação de preferência.

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