Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Seu cérebro leva 0,1 segundo para reconhecer uma música que você gosta

É o que basta para nossa pupila dilatar – e para ativar a área responsável pela memória. Entenda.

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 3 Maio 2023, 10h49 - Publicado em 31 out 2019, 19h26

É tiro e queda: ao som de qualquer sinal que remeta a sua música favorita – seja as primeiras notas da melodia ou alguma frase marcante – seu cérebro vai dar um jeito de se lembrar dela. Mas com que velocidade isso acontece? Cientistas da University College, em Londres, resolveram investigar exatamente isso. E constataram que esse processo acontece de forma muito mais automática do que se imaginava.

A primeira resposta do cérebro é fazer a pupila dilatar, algo que acontece cerca de 100 milissegundos (0,1 segundo) após a música começar a tocar. Mas só com 300 milissegundos é que a área responsável pela memorização é ativada, tornando você consegue capaz de dizer exatamente que música é aquela.

Para descobrir tudo isso, a equipe conduziu um experimento com dez pessoas – cinco homens e cinco mulheres. Cada um deles forneceu à equipe uma lista de cinco músicas que lhes fossem “familiares”. Na verdade, o intuito da pesquisa era saber a rapidez de sua resposta cerebral com uma música conhecida, então os pesquisadores instruíram os participantes a selecionar explicitamente músicas que evocam sentimentos e memórias positivas. O que quer dizer que critérios emocionais também estão envolvidos nessa rapidez.

A equipe pegou essas músicas marcantes, dividiu em trechos, e mesclou com pedaços de outras músicas, que os participantes não conheciam. Cada voluntário precisou ouvir 100 trechos, cada um com duração inferior a um segundo, das músicas conhecidas e não conhecidas – tocados em ordem aleatória.

Continua após a publicidade

Os pesquisadores, então, monitoraram cada participante usando imagens de eletro-encefalografia (EEG), que registra atividade elétrica no cérebro, e pupilometria, diagnóstico que considera o diâmetro da pupila como medida de excitação.

A resposta ficou clara: quando era um música querida, a pupila logo dilatava e a área de memória no cérebro era acionada.

Beleza, é uma curiosidade legal, mas você pode estar se perguntando: em que nos ajuda saber essa velocidade? Bem, em várias coisas: apesar de muitos de nós vermos a música apenas como arte ou entretenimento, as relações que nosso cérebro tem com elas são bem mais profundas.

Continua após a publicidade

Para a equipe envolvida no estudo, entender como nosso cérebro reconhece músicas familiares pode nos ajudar a planejar intervenções terapêuticas para pacientes com problemas de memória. Por exemplo, pessoas com demência parecem ter memórias musicais bem preservadas, mesmo que sua memória esteja com defeito – entender o que torna a música diferente nesse caso pode nos ajudar a identificar as causas do problema.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.