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Radiação na Lua é até 3 vezes maior do que na ISS

Pesquisa mediu os níveis de radiação no satélite pela primeira vez. E os resultados podem atrapalhar os planos da Nasa de chegar a Marte até 2030.

Por Maria Clara Rossini
29 set 2020, 15h44

O Programa Apollo levou 12 homens à Lua entre 1969 e 1972. Apesar das viagens terem mostrado que é seguro passar alguns dias na superfície lunar, os astronautas não chegaram a fazer medições diárias da radiação estando lá. Os dados seriam importantes para indicar quantos dias a tripulação pode permanecer na Lua sem acarretar danos à saúde.

Agora, um estudo da Universidade de Kiel, na Alemanha, divulgou os resultados de um experimento feito pelo rover Chang’E 4, da China, em 2019. A radiação equivalente na Lua, segundo as medições, é de duas a três vezes mais alta do que na Estação Espacial Internacional (ISS) – e de duzentas a mil vezes maiores do que na Terra. 

De acordo com o que disse Robert Wimmer-Schweingruber, astrofísico e coautor do estudo, em entrevista ao site Science Alert, um ser humano poderia ficar na Lua por aproximadamente dois meses sem sofrer prejuízos para a saúde.

Essa informação é especialmente importante agora, levando em conta que a Nasa pretende levar a primeira mulher à Lua até 2024. O principal objetivo da Missão Artemis (batizada em homenagem à deusa grega da Lua) será estudar as condições para a montagem de uma base no nosso satélite natural. A ideia é que ele sirva de pit stop para enviar astronautas para Marte, por volta do ano de 2030.

A radiação pode causar desde câncer até doenças neurodegenerativas. Na Lua, essa radiação vem de erupções e ventos solares, além de raios do próprio espaço. Nosso planeta não tem as mesmas condições pois fica protegido pelo campo magnético terrestre (aquele mesmo que guia as aves migratórias e faz a bússola girar). Ele repele a maior parte da radiação nociva vinda do espaço.

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A Estação Espacial Internacional se aproveita parcialmente desse campo protetor também. A radiação diária lá em cima, onde os astronautas já estão acostumados a ficar, é 2,6 vezes menor do que na Lua. Quanto mais distante da Terra, menor é essa proteção.

Os cientistas medem a radiação usando a unidade sievert, nome dado em homenagem ao físico sueco Rolf Sievert. Na Lua, os humanos estão expostos a 1.369 microsieverts por dia. Para efeito de comparação, uma viagem de avião dos Estados Unidos para a Europa apresenta uma radiação de 10 a 30 microsieverts. 

Os passageiros passam apenas algumas horas no avião transatlântico, mas os astronautas precisariam ficar semanas ou meses na base lunar para viabilizar uma possível viagem a Marte, sendo expostos a aproximadamente 60 microsieverts a cada hora. As medições de radiação são importantes para planejar as próximas missões humanas à Lua e minimizar os possíveis efeitos para a saúde.

Para períodos maiores que dois meses, Wimmer-Schweingruber estima que os astronautas precisem estar protegidos por pelo menos 80 centímetros de solo lunar – possivelmente instalando uma base subterrânea.

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