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Por que todo jogador leva as mãos à cabeça quando erra?

Basta perder um lance fácil ou ver o goleiro adversário fazer uma defesa milagrosa que o gesto aparece — e a psicologia explica

Por Felipe Sali
11 jul 2018, 18h41

Durante uma partida acirrada da Copa do Mundo, o jogador recebe um bom passe e corre o suficiente para ficar sozinho na frente do gol, mira bem, coloca força nos pés, chuta e… erra feio. Quando esse tipo de situação acontece, você pode esperar que o jogador leve as duas mãos para o topo da cabeça em sinal de desespero, um gesto que parece dizer “como perdi isso?”. Foi o que Neymar fez quando errou um lance parecido. Coutinho também repetiu o mesmo gesto, assim como Messi, Cristiano Rolnado e dezenas de outros jogadores, não importa em qual país ou cultura em que cresceu. O que acontece é uma resposta instintiva e a psicologia tem uma explicação para ela.

Em seu estudo publicado em 1981 sobre esportes, o zoólogo Desmond Morris incluiu o gesto em seu catálogo de 12 reações universais do jogador à derrota. No texto, ele descreve o ato de levar as mãos à cabeça como  “uma forma de auto contato, um dispositivo usado quando o indivíduo sente necessidade de um abraço reconfortante, mas não tem ninguém imediatamente disponível para oferecer um”. É a melhor maneira de se consolar naquele segundo desesperador. Algumas espécies de macacos repetem o mesmo gesto com frequência.

O choque em perder um lance fácil também ativa o sistema de autoproteção do jogador, por isso muitos deles levam às mãos ao rosto na hora, pois é a primeira coisa que o nosso corpo pensa em proteger. É como quando uma pessoa leva um susto e levanta as mãos na altura do rosto na hora sem racionalizar sobre isso.

E como explicar o gesto se repetindo mesmo entre os jogadores que só observaram o lance, os torcedores no estádio e, algumas vezes, até você que está assistindo de casa? Segundo Philip Furley, professor de psicologia esportiva da Universidade Alemã de Esportes, em entrevista ao The New York Times, o que acontece é uma “resposta espelho”, uma espécie de contágio do comportamento não-verbal devido a sua empatia pelo o que está rolando em campo. Nada mais do que antiga sensação que conhecemos bem de estar participando da partida.

Colocamos nossas mãos no topo da cabeça várias vezes durante o jogo contra a Bélgica. E tudo bem, faz parte do jogo.

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