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Pesquisadores podem ter identificado fóssil de menor dinossauro já visto

O crânio catalogado sugere que a criatura tinha o tamanho de um beija-flor, e não pesava muito mais que 2 gramas.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 9 jan 2023, 22h56 - Publicado em 11 mar 2020, 16h42

Na quarta-feira (11), cientistas descreveram na revista Nature o fóssil do menor dinossauro já visto. A evidência foi encontrada dentro de uma âmbar (resina de árvores fossilizadas) proveniente do norte de Myanmar. O dinossauro – que se assemelha aos menores pássaros existentes hoje – viveu há cerca de 99 milhões de anos, no período Cretáceo. 

O fóssil era um crânio de 1,5 centímetros de comprimento, tamanho aproximado de uma unha de polegar. Com base nisso, pesquisadores acreditam que o dinossauro, batizado de Oculudentavis khaungraae, tinha o tamanho de um colibri-abelha-cubano – espécie de beija-flor que pesa, no máximo, dois gramas. 

Pode ser que o Oculudentavis tenha relação com outras espécies de dinossauros com penas, como o Archaeopteryx e o Jeholornis (primos distantes dos pássaros modernos). Mas é difícil fazer qualquer afirmação sem evidências do resto de seu corpo. A única certeza é que o fóssil pertence a um dinossauro que morreu na idade adulta. Para concluir isso, cientistas fizeram um exame que indica a maturação do dinossauro, analisando o quanto seus ossos se fundiram.

O formato do crânio sugere que o dinossauro era um grande caçador de insetos que exercia suas atividades durante o dia. Apesar da cabeça pequena, guardava 40 dentes na mandíbula superior. Além disso, seus olhos enormes eram sustentados por ossos côncavos, parecidos com os de alguns lagartos, e com uma abertura estreita que restringia a entrada abundante de luz, facilitando a busca por alimentos sob o Sol. 

São essas características que podem diferenciá-los de outras aves e levá-los para a família dos dinossauros. Os pesquisadores acreditam que elas surgiram devido a falta de recursos existentes nas ilhas em que viviam, o que causou uma miniaturização evolucionária, ou seja, os Oculudentavis foram ficando pequeninhos.

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A âmbar com o fóssil havia sido adquirida em 2016 por um colecionador. Ele notou o fóssil presente e doou a relíquia para o Hupoge Amber Museum, em Tengchong (China). Nas florestas tropicais de Myanmar, paleontologistas já identificaram âmbares contendo insetos, cobras e até pedaços de dinossauros com penas. Nas árvores fossilizadas da região, é possível encontrar os menores habitantes que passaram por lá.

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